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Síndrome de amplificação dolorosa no idoso: relato de caso e revisão da literatura

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pouquíssimas são as publicações sobre a síndrome de amplificação dolorosa no idoso (SAD), a despeito da sua importância para aqueles indivíduos, pois pode ter múltiplas consequências no envelhecimento. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de SAD no idoso; representada pela fibromialgia (FM), descrevendo sua abordagem diagnóstica e seu manuseio terapêutico, bem como apresentar uma revisão bibliográfica do assunto. RELATO DO CASO: Paciente do gênero feminino, 73 anos, há 4 anos iniciando um quadro de moderada dor muscular difusa, rigidez matinal fugaz, anedonia, tristeza, ansiedade, importante fadiga e distúrbio do sono. Inicialmente, diagnosticada polimialgia reumática, assim, vinha fazendo uso regular de prednisona, apesar de progressiva piora da sua capacidade funcional e qualidade de vida (QV). Há um ano, no nosso serviço, foi revisto o diagnóstico, e verificado tratar-se de SAD, espectro da FM. Suspendeu-se, então, a prednisona e orientado terapia não farmacológica com programa de autogerenciamento em dor, e farmacológica multimodal com analgésicos não opioide o clonixinato de lisina e opioide o tramadol, e um modulador da dor, a duloxetina. Após 6 meses de tratamento verificou-se grande melhora na dor, sono, depressão, ansiedade, capacidade funcional e QV. CONCLUSÃO: É de suma importância o diagnóstico correto e uma intervenção terapêutica adequada nos casos de SAD, especialmente tratando-se da população idosa e da FM, a qual apresenta características peculiares naquela população. Há grandes probabilidades de melhora sintomática, funcional, e na QV dos idosos com SAD ao se atentar aos diagnósticos diferenciais, bem como ao se introduzir terapêuticas adequadas.

Diagnósticos diferenciais; Fibromialgia; Idoso; Síndrome de amplificação dolorosa


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