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Avaliação da dor em pacientes oncológicos internados em um hospital escola do nordeste do Brasil

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é uma das consequências do câncer, que gera sofrimento e diminuição na qualidade de vida.É um sintoma mal conduzido e negligenciado por médicos e outros profissionais de saúde em todo o mundo. O manuseio eficaz da dor é um dever de todos e um direito do paciente. O objetivo deste estudo foi descrever o controle da dor nos pacientes internados na Enfermaria da Oncologia Clínica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo do tipo corte transversal, no período de maio de 2010 a outubro de 2011. RESULTADOS: Foram estudados 150 pacientes, 65,3% eram do gênero feminino e 81% com idade acima de 40 anos. As neoplasias mais encontradas foram câncer do colo uterino (15,3%), e com doença avançada (80,6%). A dor foi classificada como visceral na maioria dos pacientes (46,7%). Para controle da dor foram utilizados fármacos analgésicos comuns (90,7%) e opioides fortes (51,3%), sedação paliativa (4%) e terapia não farmacológica (34,1%) dos pacientes. Houve alta taxa de pacientes com dor não controlada no momento inicial da internação (70%), e com controle adequado no ultimo dia (84%). A dor neuropática foi mais frequente em pacientes maiores de 60 anos e houve menor controle. CONCLUSÃO: Houve maior prevalência de pacientes do gênero feminino, com câncer de colo uterino, e com doença mais avançada. A dor mais encontrada foi nociceptiva, de caráter visceral, no entanto, a dor neuropática foi de mais difícil controle. Concluiu-se que houve um controle adequado da dor nos pacientes internados na enfermaria de oncologia.

Analgesia; Dor; Medição da dor; Terapia


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