JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
As disfunções temporomandibulares são altamente prevalentes e podem comprometer diversos aspectos relacionados à função oral. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da presença e gravidade dos sinais e sintomas de disfunção temporomandibular na qualidade de vida relacionada com a saúde oral.
MÉTODOS:
Cento e trinta e cinco estudantes de odontologia da Universidade Federal da Paraíba foram avaliados. A presença de disfunção temporomandibular foi determinada por meio de questionário anamnésico e por um protocolo resumido de avaliação clínica. A qualidade de vida relacionada com a saúde oral foi determinada por meio da versão resumida do Oral Health Impact Profile em sua versão traduzida e validada para o português. Comparações estatísticas entre as médias do Oral Health Impact Profile-14 relacionadas à presença de sinais e sintomas de disfunções temporomandibulares foram realizadas por meio dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis.
RESULTADOS:
Os voluntários com disfunção temporomandibular (p<0,001), necessidade de tratamento (p<0,001) e maior gravidade (p<0,001) exibiram maior impacto na qualidade de vida relacionada com a saúde oral. Os voluntários com sinais clínicos de disfunção temporomandibular apresentaram maior comprometimento da qualidade de vida, sendo que os indivíduos com sinais de disfunção temporomandibular muscular e articular simultaneamente (p=0,034) apresentaram os maiores escores do Oral Health Impact Profile-14. Os domínios mais comprometidos foram dor física (p=0,045), limitação funcional (p=0,007) e desconforto psicológico (p=0,045).
CONCLUSÃO:
A gravidade da disfunção temporomandibular representa impacto negativo na qualidade de vida, especialmente em voluntários com sinais clínicos articulares e musculares simultâneos.
Dor; Qualidade de vida; Transtornos da articulação temporomandibular