RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A dor crônica diminui consideravelmente a qualidade de vida dos idosos, dando relevância aos estudos que a abordam nesses indivíduos, sobretudo nos longevos. Recentemente, a hipovitaminose D, muito prevalente entre idosos, tem sido relacionada à dor crônica. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de dor crônica entre os longevos da comunidade com independência funcional, avaliar suas características e correlacionar essa dor com os níveis séricos de vitamina D.
MÉTODOS:
Estudo transversal do “Projeto Longevos”, com idosos de 80 anos ou mais, de ambos os gêneros, com independência funcional. Foram apurados os dados sócio-demográficos, avaliadas e mensuradas as dores crônicas apresentadas e obtidos os níveis séricos da vitamina D.
RESULTADOS:
Foram avaliados 330 participantes do “Projeto Longevos”, e encontrada prevalência de 20,9% de dor crônica, sendo essa principalmente do tipo nociceptiva, contínua, de intensidade moderada a intensa, de localização lombar. Dentre os instrumentos de mensuração da intensidade dolorosa, os preferidos foram as escalas de faces e numérica verbal. Observou-se alta prevalência de hipovitaminose D nos longevos com dor crônica (87%); níveis de deficiência e insuficiência em 49 e 38%, respectivamente, porém tais níveis não se correlacionaram significativamente com a presença de dor crônica.
CONCLUSÃO:
A prevalência de dor crônica entre os longevos foi alta. Intensidade moderada e intensa e localização lombar foram as mais frequentes. Houve alta prevalência de hipovitaminose D entre os longevos estudados, porém não se observou correlação significativa entre baixos níveis séricos de vitamina D e dor crônica.
Descritores:
Avaliação da dor; Dor crônica; Idoso; Instrumento de mensuração; Vitamina D