RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
O perfil das vítimas de trauma atendidas nas unidades emergenciais com dor aguda intensa e a satisfação com a analgesia empregada devem direcionar a conduta terapêutica e as atividades assistenciais nesses serviços. Os objetivos deste estudo foram verificar as características sócio-demográficas associadas à ocorrência de dor intensa em vítimas de trauma e avaliar se houve diferença nas condutas clínicas e na satisfação com a analgesia para aqueles com dor moderada ou intensa.
MÉTODOS:
Estudo descritivo e transversal realizado com 83 pacientes que apresentaram dor aguda, moderada ou intensa após trauma físico. Os dados foram coletados em outubro de 2013, mediante instrumento estruturado contendo questões sobre o perfil sócio-demográfico e avaliação do quadro álgico, após o atendimento médico inicial.
RESULTADOS:
Observou-se que 53,02% dos entrevistados classificaram a dor na admissão como intensa, a qual esteve associada à idade entre 18 e 49 anos e escolaridade menor que oito anos. Os indivíduos com dor intensa apresentaram maiores chances de receber, de forma concomitante, medidas não farmacológicas e fármacos por via venosa, relataram melhora somente após 30 minutos da sua administração e não ficaram satisfeitos com a analgesia.
CONCLUSÃO:
A maioria dos pacientes era jovem, com escolaridade menor que oito anos e relatou dor intensa. A insatisfação com a analgesia foi mais observada nos pacientes com dor intensa. Profissionais de saúde precisam estar atentos às características de idade e escolaridade ao avaliarem a dor em vítimas de trauma e devem analisar as condutas clínicas utilizadas cuidadosamente.
Descritores:
Dor aguda; Ferimentos; Lesões; Manuseio da dor; Mensuração da dor; Serviços médicos de emergência