Schirmer, Ferrari e Trindade88 Schirmer EM, Ferrari A, Trindade LC. Evolução da mucosite oral após intervenção nutricional em pacientes oncológicos no serviço de cuidados paliativos. Rev Dor. 2012;13(2):141-6
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Avaliar a evolução da mucosite oral em pacientes oncológicos atendidos pelo serviço de CP, após a intervenção e orientação médica e nutricional, além de analisar de que forma o grau da mucosite interfere na ingestão alimentar dos pacientes. |
Estudo quantitativo prospectivo, que utilizou entrevista e questionário previamente estruturado. |
Antes da intervenção, a mucosite grau I estava presente em mais da metade dos pacientes, e quase a metade destes ingeriam alimentos sólidos. Poucos indivíduos participantes apresentaram mucosite grau IV, em que todos consumiam alimentos líquidos. Após a intervenção, mais da metade dos pacientes não apresentaram mucosite e nem restrições quanto à consistência da dieta. As queixas orais, tais como xerostomia, disgeusia, hiporexia, anorexia e candidíase foram reduzidas. |
As orientações nutricionais como: bochechos com chá de camomila, evitar alimentos muito ácidos, secos, duros ou picantes, restringir o sal, evitar alimentos ou preparações muito quentes, podem auxiliar na melhora da mucosite, garantindo, dessa forma, melhor QV |
Loyolla, Pessini, Bottoni, et al.99 Loyolla VC, Pessini L, Bottoni A, Serrano, SC, Teodoro AL, Bottoni A. Terapia nutricional enteral em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos: uma análise da bioética. Saúde, Ética & Justiça. 2011;16(1):47-59.
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Analisar, sob o ponto de vista da bioética, a utilização da terapia nutricional enteral em pacientes oncológicos sob CP, verificando a visão e a participação dos pacientes e de seus familiares na decisão sobre a utilização dessa terapia. |
Estudo qualitativo que utilizou o questionário semiestruturado. |
A maioria dos pacientes e cuidadores foram informados sobre a TNE indicada, tendo sido a orientação dada pelo nutricionista. Ao ser perguntados sobre o que é e para que serve a TNE, a maioria respondeu que servia para fortificar e alimentar o paciente. Em relação à escolha pelo paciente ou cuidadores se querem ou não iniciar a TNE, a resposta foi afirmativa para muitos, mas alguns mostraram-se em dúvida e acharam que a decisão devia ser do médico. Quanto à TNE ser um cuidado básico e se deve ser sempre fornecida, as respostas variaram, desde a substituição por outra, caso não traga benefícios, ou não pode ser retirada, pois é um direito do paciente. |
A TNE é considerada um cuidado básico por pacientes e/ou cuidadores e é um direito do paciente, que deve ser substituído, mas nunca retirado, caso não traga benefícios ao paciente. Embora o nutricionista tenha sido o profissional que mais esclareceu sobre a TNE, os pacientes e cuidadores não se sentem capazes de decidir quanto ao uso de TNE. |
Silva, Lopes, Trindade, et al.1010 Silva PB, Lopes M, Trindade LC, Yamanouchi CN. Controle dos sintomas e intervenção nutricional. Fatores que interferem na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Rev Dor. 2010;11(4):282-8.
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Analisar, mediante questionário previamente validado, como a intervenção nutricional e o controle dos sintomas interferiu na QV dos pacientes oncológicos. |
Estudo quantitativo prospectivo. Instrumentos: três questionários previamente estruturados sobre QV, aspectos socio-econômicos e questionário alimentar1111 Orrevall Y, Tishelman C, Permert J, Cederholm T. Nutritional support and risk status among cancer patients in palliative home care services. Support Care Cancer. 2009;17(2):153-61.. |
A maioria dos pacientes fazia uso de dieta via oral e era classificada como carente de cuidados mais intensivos. Após a promoção de intervenções médicas e nutricionais e a discussão dos casos, o uso de complemento alimentar e presença de sintomas gastrintestinais diminuíram e o apetite aumentou, além aumentou além da melhora da QV dos pacientes. |
Fornecer orientações dietoterá-picas contemplando a indicação dietética, consistência da dieta, possíveis comorbidades associadas, respeitando as preferências alimentares e culturais, minimizando o desconforto ligado à alimentação e garantindo, assim, uma melhor QV. |
Orrevall, Tishelman, Permert, et al.1111 Orrevall Y, Tishelman C, Permert J, Cederholm T. Nutritional support and risk status among cancer patients in palliative home care services. Support Care Cancer. 2009;17(2):153-61.
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Investigar o estado de risco nutricional e uso de terapia nutricional entre pacientes com câncer inscritos em serviços de CP em domicílio. |
Estudo quantitativo, que usou entrevista por telefone e um questionário. |
A maioria dos pacientes do estudo foi diagnosticada em risco nutricional. Quanto à terapia nutricional, a maioria usava suplementos nutricionais orais comuns, enquanto a minoria usava nutrição artificial, principalmente TNP. O uso de suplementos orais comuns esteve relacionado com baixo IMC e grave perda de peso. |
Avaliar o risco nutricional do paciente em CP auxilia na melhor conduta nutricional, porém o uso de terapia nutricional deve considerar a expectativa de vida e os aspectos psicossociais do paciente. |
Muir e Linklater1212 Muir CI, Linklater GT. A qualitative analysis of the nutritional requirements of palliative care patients. J Hum Nutr Diet. 2011;24(5):470-8.
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Explorar o significado dos alimentos, ingestão alimentar e peso corporal para pacientes em CP, investigando o impacto que essas mudanças tiveram nesses pacientes, além de determinar se as recomendações nutricionais são atendidas1313 Hasenberg T, Essenbreis M, Herold A, Post S, Shang E. Early supplementation of parenteral nutrition is capable of improving quality of life, chemotherapy-related toxicity and body composition in patients with advanced colorectal carcinoma undergoing palliative treatment: results from a prospective, randomized clinical trial. Colorectal Dis. 2010;12(10):e190-e9.. |
Estudo qualitativo, que utilizou entrevistas semiestruturadas. |
Um tema recorrente que surgiu foi a de mudança e incerteza. Quatro áreas principais sujeitas a variação foram: estado da doença, sintomas, ingestão oral e peso. Cada mudança poderia exercer o controle ou ser controlada pelo paciente. Quando os pacientes foram eventualmente incapazes de exercer controle, eles aceitaram a mudança, seja voluntariamente ou não1313 Hasenberg T, Essenbreis M, Herold A, Post S, Shang E. Early supplementation of parenteral nutrition is capable of improving quality of life, chemotherapy-related toxicity and body composition in patients with advanced colorectal carcinoma undergoing palliative treatment: results from a prospective, randomized clinical trial. Colorectal Dis. 2010;12(10):e190-e9.. |
O artigo aponta que as orientações nutricionais impostas aos pacientes paliativos por meio de requerimentos nutricionais padronizados podem falhar ao não abordar o real significado do cuidado nutricional para esses pacientes. Assim, as intervenções nutricionais com esses pacientes devem dar maior importância à prestação de aconselhamento e apoio, ao invés de centrar nas necessidades nutricionais calculadas. |
Hasenberg, Essenbreis, Herold, et al.1313 Hasenberg T, Essenbreis M, Herold A, Post S, Shang E. Early supplementation of parenteral nutrition is capable of improving quality of life, chemotherapy-related toxicity and body composition in patients with advanced colorectal carcinoma undergoing palliative treatment: results from a prospective, randomized clinical trial. Colorectal Dis. 2010;12(10):e190-e9.
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Avaliar o efeito da suple-mentação da nutrição parenteral sobre a composição corporal, QV, os efeitos secundários associados à quimioterapia e sobrevida em pacientes com câncer colorretal avançado. |
Estudo quantitativo retrospectivo randomizado. |
Os grupos que receberam suplementação parenteral ou nutrição oral obtiveram uma redução de sintomas gastrintestinais, resultando em aumento significativo do apetite nesse grupo. |
A terapia nutricional com suplementação via oral ou parenteral melhora a QV, prolonga a sobrevida e reduz a perda de peso. |