RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
O uso do gelo como forma de tratamento é utilizado indiscriminadamente sem considerar as prováveis diferenças, entre os pacientes do gênero masculino e feminino, no limiar e na tolerância à dor induzida pelo frio durante a aplicação da crioterapia. A dor referida pelo paciente durante a aplicação da crioterapia pode atuar como um mecanismo de defesa frente a uma possível agressão tecidual ocasionada por uma vasoconstrição acentuada. O objetivo deste estudo foi verificar a diferença no limiar, tolerância e percepção da dor induzida pelo frio entre indivíduos de ambos os gêneros.
MÉTODOS:
Participaram do estudo 117 voluntários jovens, de ambos os gêneros, que foram submetidos a um protocolo de indução de dor pelo frio simulando uma situação de crioterapia por imersão.
RESULTADOS:
A análise dos grupos estudados revelou diferenças significativas entre os gêneros para o limiar e a tolerância a dor. A percepção da dor não apresentou diferença significativa entre os gêneros.
CONCLUSÃO:
Indivíduos do gênero masculino apresentaram maior limiar e tolerância à dor, induzida pelo frio, do que os do gênero feminino. De acordo com os resultados, pode-se inferir que as diferenças nas repostas encontradas entre os gêneros devem ser respeitadas, já que uma padronização indiscriminada no tempo de aplicação da crioterapia pode acarretar em lesões teciduais.
Descritores:
Crioterapia; Efeitos adversos; Gênero; Limiar da dor; Mensuração da dor