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Prevalência de dor musculoesquelética em cirurgiões-dentistas da atenção básica

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

O exercício da odontologia enquadra-se entre as categorias profissionais que mais impõe a seus praticantes uma série de fatores de risco ao desenvolvimento de distúrbios musculoesqueléticos, entre eles destacam-se, principalmente, a manutenção de posturas estáticas, as atividades repetitivas, as longas jornadas de trabalho, o ambiente de trabalho mal projetado, o estresse e o manuseio de materiais químicos e biológicos. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de dor musculoesqueléticas em cirurgiões-dentistas da atenção básica, relacionada ao trabalho.

MÉTODOS:

A amostra foi constituída por 167 cirurgiões-dentistas vinculados à atenção básica, sendo aplicados questionários referentes a dor musculoesquelética, dados sociodemográficos, estilo de vida, caraterísticas ocupacionais, fadiga e capacidade para o trabalho.

RESULTADOS:

A prevalência de dor musculoesquelética foi elevada nos membros superiores (38,3%), nos membros inferiores (34,7%) e no dorso (27,5%) e, se associou estatisticamente nos três segmentos corporais com renda familiar, morbidades associadas, jornada diária e semanal de trabalho, percepção de fadiga e capacidade para o trabalho.

CONCLUSÃO:

Na amostra estudada observou-se elevada prevalência de dor musculoesquelética, o que serve de alerta para adoção de políticas públicas para a melhoria das condições de trabalho dos cirurgiões-dentistas pesquisados.

Descritores:
Condições de trabalho; Dor musculoesquelética; Odontólogos; Saúde do trabalhador

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