RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Dor é um dos sintomas mais frequentes no câncer, e a fisioterapia dispõe de métodos não invasivos como a estimulação elétrica nervosa transcutânea para propiciar alívio do sintoma. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito da estimulação elétrica nervosa transcutânea burst com a estimulação elétrica nervosa transcutânea de intensidade e frequência variável sobre a dor oncológica.
MÉTODOS:
Esta pesquisa foi realizada com 53 pacientes, do Hospital Erasto Gaertner, divididos em dois grupos: estimulação elétrica nervosa transcutânea burst e estimulação elétrica nervosa transcutânea de intensidade e frequência variável. A avaliação do quadro álgico foi realizada antes, logo após a eletroanalgesia e de hora em hora até que completassem 6 horas.
RESULTADOS:
O grupo tratado com estimulação elétrica nervosa transcutânea burst manteve analgesia completa por duas horas, retornando ao valor inicial do escore dentro das seis horas de avaliação; o grupo estimulação elétrica nervosa transcutânea de intensidade e frequência variável manteve analgesia completa por quatro horas, não retornando ao valor inicial do escore dentro das 6 horas. Observou-se na comparação da intensidade da dor entre os grupos que houve diferença significativa entre eles (p<0,001) em todas as avaliações a partir da 3ª hora após a aplicação da eletroanalgesia, mostrando diferença significativa (p<0,001) na 3ª e 4ª hora após a eletroanalgesia; na 5ª hora e na 6ª hora não houve diferença.
CONCLUSÃO:
A estimulação elétrica nervosa transcutânea de intensidade e frequência variável promoveu maior tempo de analgesia sobre a dor oncológica que a estimulação elétrica nervosa transcutânea burst.
Descritores:
Analgesia; Câncer; Dor; Estimulação elétrica nervosa transcutânea; Modalidades de fisioterapia