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Escalas de risco de Torrington e Henderson e de Epstein: aplicabilidade e efetividade nas ressecções pulmonares

OBJETIVO: Comparar a incidência de complicações pulmonares e cardiopulmonares estimadas, respectivamente, pelas escalas de Torrington e Henderson e de Epstein, em amostra populacional submetida à ressecção pulmonar para tratamento de câncer de pulmão. MÉTODOS: Dados de doentes submetidos à ressecção de um lobo pulmonar ou mais foram retirados de dois bancos de dados montados de forma prospectiva, oriundos de dois hospitais terciários. As medidas de desfecho analisadas foram complicações pulmonares, cardíacas e óbito. Teste exato de Fisher foi usado para avaliar a concordância das taxas de complicações obtidas com as estimadas previamente. RESULTADOS: A escala de Torrington e Henderson foi aplicada em 50 doentes (12 apresentaram risco leve, 32 moderado e 6 grave) e subestimou a taxa de complicações pulmonares nas categorias leve e moderado (p = 0,0003 e p = 0,0006, respectivamente), porém foi capaz de reconhecer os pacientes com alto risco de desenvolver complicações. A escala de Epstein foi aplicada em 38 doentes (4 apresentaram risco alto e 34 baixo) e também subestimou a taxa de complicações cardiopulmonares pós-operatórias da categoria de risco leve, que continha a maioria dos doentes (p < 0,0001), mas reconheceu, também, os pacientes com chance alta de complicar. CONCLUSÃO: As duas escalas não foram adequadas para estimar ocorrência de complicações pulmonares e cardiopulmonares na maioria dos doentes.

Complicações pós-operatórias; Cuidados pré-operatórios; Procedimentos cirúrgicos torácicos; Neoplasias pulmonares; Pneumonectomia; Testes de função respiratória; Fatores de risco; Medição de risco


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