OBJETIVO: Descrever novas equações de referência para a espirometria em adultos brasileiros saudáveis que nunca fumaram, e comparar os valores previstos atuais com os valores derivados em 1992. MÉTODOS: Equações e limites de referência foram derivados em 270 homens e 373 mulheres, habitantes de oito cidades brasileiras, por espirômetro. A idade variou de 20 a 85 anos nas mulheres e 26 a 86 anos nos homens. Os exames seguiram as normas recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Os limites inferiores foram derivados pela análise do 5º percentil dos resíduos. RESULTADOS: Os valores previstos para capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e para as relações VEF1/CVF e VEF1/volume expiratório forçado nos primeiros seis segundos (VEF6) se ajustaram melhor em regressões lineares. Os fluxos ajustaram-se melhor em equações logarítmicas. Em ambos os sexos, maiores estaturas resultaram em menores valores para as relações VEF1/CVF, VEF1/VEF6 e fluxos/CVF. Os valores de referência do VEF1 e da CVF, no presente estudo, foram maiores do que aqueles derivados para adultos brasileiros em 1992. CONCLUSÃO: Novos valores previstos para a espirometria forçada foram obtidos em uma amostra da população brasileira de raça branca. Os valores são maiores do que os obtidos em 1992, provavelmente em decorrência de fatores técnicos.
Espirometria; Valores de Referência; Testes de Função Respiratória