RESUMO
Este estudo objetivou analisar se há uma relação entre o risco de uma carteira, considerada suficientemente diversificada no mercado brasileiro de ações, composta pelas empresas classificadas no IGC, em comparação à Carteira de Mercado. Para tanto, utilizou-se preliminarmente do proceder metodológico de pesquisa bibliográfico-documental de caráter exploratório e, posteriormente, do levantamento das carteiras teóricas do índice de ações com governança corporativa diferenciada da BM&FBOVESPA válidas para o primeiro, segundo e terceiro quadrimestres de 2009. E, com o auxílio da planilha eletrônica Excel, utilizando-se do modelo de Markowitz (1952) e da metodologia desenvolvida por Gonçalves Junior, Pamplona e Montevechi (2002), buscou-se encontrar as carteiras de variância mínima para cada quadrimestre, a fim de testar a hipótese de que há uma relação entre o risco dessas carteiras, consideradas suficientemente diversificadas no mercado brasileiro de ações (de acordo com os achados de Sanvicente e Bellato, 2004), compostas por empresas classificadas no IGC. Assim, os resultados indicaram que tais carteiras compostas pelos ativos do IGC, são superiores à carteira de mercado, uma vez que teriam seus riscos representados por cerca de 34%, 32% e 21% do risco do IBOVESPA de seu período correspondente, em níveis de retorno idênticos, ou seja, por meio da teoria de diversificação é possível obter uma relação inversa entre o risco e as boas práticas de governança corporativa. Adicionalmente, a carteira selecionada IGC domina a carteira do IGC e do IBOVESPA, respectivamente, utilizando-se o coeficiente de variação, ou seja, possui o menor risco contido por cada retorno adicional.
Palavras-chave:
Governança corporativa; Teoria dos Portfólios; Otimização de carteiras