RESUMO
O objetivo deste artigo é correlacionar o comportamento estratégico dos gestores das indústrias vinícolas nacionais com o processo de ambidestria organizacional. Para tanto, o referencial teórico apropriou-se, principalmente, dos conhecimentos de Miles e Snow (1978), sobre tipologias de comportamento, e de March (1991), com relação à ambidestria. A metodologia foi direcionada para pesquisa quantitativa, valendo-se do método survey. A amostra compreendeu 150 indústrias vinícolas brasileiras. Para o tratamento dos dados, utilizaram-se técnicas multivariadas, em especial modelagem de equações estruturais. Os resultados apontam para uma relação positiva entre os comportamentos prospector, analista e reativo e a ambidestria. O comportamento defensor possui uma relação negativa com a ambidestria. Embora essa tipologia não se configure, teoricamente, com os processos ambidestros, o cenário da indústria vinícola nacional, empiricamente, é permeado pela necessidade de reorganização, por conta do contexto ambiental vivenciado pelas empresas. O comportamento dos gestores é influenciado por práticas reativas; a exemplo disso, observam-se as averiguações de necessidade de medidas de salvaguarda do mercado, que estão sendo realizadas pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Por fim, a pesquisa destaca-se por abordar um tema específico e explorar suas características, contribuindo para a literatura, gerando suporte para as decisões gerenciais e ampliando os horizontes para novas pesquisas.
Palavras-chave:
Comportamento estratégico; Ambidestria; Exploração; Explotação; Indústria vinícola