Resumo
Objetivo:
O objetivo enfatizado neste artigo é analisar (1) a relação entre a estratégia de exploration e o desempenho inovador da firma e (2) se a capacidade de absorção da firma (CA) modera essa relação.
Metodologia:
Método econométrico com uso de dados secundários. Foram sincronizadas duas bases de dados - Compustat e USPTO - das quais foram extraídos dados comuns a 275 empresas biofarmacêuticas, relativos ao período entre 1990 e 2003. A técnica utilizada foi a de regressão, por meio de modelo binomial negativo.
Resultados:
A estratégia de exploration impacta positivamente o desempenho inovador da firma. No entanto, a excessiva ênfase nessa estratégia pode neutralizar seus benefícios. A CA da firma, que teoricamente poderia moderar positivamente a relação curvilinear exploration vs. desempenho inovador da firma, não cumpre esse papel em todos os contextos. Isso se deve à existência de trade-offs entre as características da CA e outros fatores organizacionais.
Contribuições:
Este artigo avança no entendimento das teorias da inovação aberta e da CA. Assim, este estudo sugere que a CA não pode ser compreendida como uma capacidade unidimensional, autônoma e localizada unicamente na área de P&D. Aspectos como o poderio financeiro, o modelo de negócio e as diferentes dimensões da CA da firma e suas respectivas localizações em sua cadeia de valor devem ser considerados quando analisados os efeitos que esta pode exercer sobre a estratégia de exploration.
Palavras-chave:
Exploration; desempenho inovador; patentes; capacidade de absorção