Resumo
Introdução
Critérios clínicos vêm sendo utilizados para determinação da presença de tecido cariado remanescente, mas geram dúvidas, tornando-se relevante a utilização de métodos que auxiliem na determinação da presença de cárie dentária remanescente.
Objetivo
Avaliar in vitro a eficácia de métodos de indução de fluorescência no diagnóstico da remoção de tecido cariado artificial dentinário.
Material e método
O esmalte oclusal de 94 terceiros molares humanos hígidos foi removido, expondo a dentina subjacente, para indução microbiológica de lesão de cárie artificial. Após a remoção do tecido cariado induzido, o remanescente dentinário foi avaliado por dois examinadores com DIAGNOdent, DIAGNOdent pen e Quantitative Light-Induced Fluorescence (QLF). Após todas as avaliações, secções dos dentes foram observadas e fotografadas em lupa estereoscópica com 30× de aumento por um examinador independente. As imagens foram analisadas no software Image J, permitindo a quantificação de tecido remanescente em milímetros quadrados. Foi calculada a reprodutibilidade interexaminador através de coeficiente intraclasse, sensibilidade, especificidade e área sob a curva ROC, e o teste de McNemar (p<0,05) foi aplicado para comparação dos diferentes métodos.
Resultado
Dos 94 dentes, 51 (54,2%) apresentaram remanescente de tecido cariado. Os valores de sensibilidade, especificidade e área sobre a curva ROC foram semelhantes para os três grupos (p>0,05). Os valores de reprodutibilidade variaram entre 0,952 e 0,978.
Conclusão
Dentre os métodos utilizados, o DIAGNOdent e o DIAGNOdent pen apresentaram melhor desempenho na avaliação da presença de cárie artificial remanescente quando comparados ao QLF.
Descritores:
Cárie dentária; diagnóstico; fluorescência