Resumo
Introdução
A saúde bucal na atenção primária à saúde, com profissionais da Odontologia aptos nesse campo de atuação, tem sido descrita como promissora estratégia para se promover saúde.
Objetivo
Identificar e descrever as articulações intersetoriais e suas contribuições para a formação do profissional em Odontologia e para a saúde bucal de crianças de um município paulista.
Material e método
Pesquisa de campo, do tipo transversal, de abordagem mista e de caráter intervencionista. Dados secundários foram obtidos dos prontuários e relatórios de estagiários em Odontologia. Foram realizados atendimentos odontológicos a 455 crianças da rede básica de ensino e oito entrevistas com os familiares das crianças faltosas aos atendimentos. Foi utilizada estatística descritiva, com frequência simples e porcentagem, e Análise de Conteúdo para os dados qualitativos.
Resultado
Verificou-se que 42% das crianças encontravam-se em situação de alto risco à doença cárie. Os traumas e medos, e o escasso conhecimento de higiene bucal das crianças e dos pais influenciaram negativamente no cuidado com a saúde bucal. No consultório odontológico, as fragilidades apontadas pelos familiares foram o despreparo profissional, que vão desde questões técnicas até formas de abordagem pessoal.
Conclusão
Conclui-se que a prática na atenção primária à saúde aproximou os universitários da realidade social e ampliou e diversificou os cenários de ensino-aprendizagem com maior tempo para educação em saúde. Contudo, há necessidade de mais pesquisas sobre as experiências curriculares efetivas nessa temática.
Descritores:
Atenção primária à saúde; colaboração intersetorial; estratégia saúde da família; educação em saúde; acesso aos serviços de saúde