O sistema de cultivo de arroz predominante no Brasil, o de terras altas, fica na dependência da precipitação pluvial e de sua distribuição. Determinadas práticas ou distúrbios, que atuam sobre o solo, levam a alterações que os microrganismos, por ser sensíveis, podem detectar. O trabalho objetivou estudar as alterações microbiológicas (carbono da biomassa microbiana (CBM)) e do CO2 (C-CO2) liberado, do quociente metabólico (qCO2) e micorrização), fertilidade do solo e produtividade do arroz de terras altas, cultivado sob diferentes manejos de solo e água. A cultivar utilizada foi a BRS Talento, e o delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em fatorial de três manejos de solo: plantio direto (PD), grade pesada + grade niveladora (GG), escarificador + grade niveladora (EG) e três manejos de água: sem irrigação (L0); lâmina 1 (L1), que corresponde à irrigação nas fases reprodutiva e de maturação; e lâmina 2 (L2), que corresponde à irrigação durante todo ciclo. Os fungos micorrízicos arbusculares mostram-se sensíveis aos manejos de solo e água. O PD apresentou as maiores médias para MO, Ca, SB e V% e as menores de H + Al. Este manejo acrescido da irrigação, apenas nas fases reprodutiva e de maturação propiciaram resultados satisfatórios para a produtividade e características microbiológicas.
atividade microbiana; plantio direto; cultivo mínimo; fungos micorrízicos arbusculares; irrigação