OBJETIVO: Avaliar o perfil dos casos de fixação rotatória C1-C2, seu tratamento e complicações. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 35 casos com fixação rotatória C1-C2 no período de 1982 a 2008. Foram analisados a idade, sexo, quadro clínico, classificação, tratamento e complicações. RESULTADOS: Dos 35 casos avaliados, 19 eram meninas e 16 meninos, sendo a idade média de 6,9 anos. O principal sintoma foi dor (85%), seguida por deformidade (71%) e perda de mobilidade cervical (62%). Foram encontrados de acordo com a classificação Fielding e Hawkins 11 casos tipo I, 14 tipo II e 5 casos tipo III. Nenhum caso foi classificado como tipo IV. Em cinco casos a classificação não pode ser obtida. O tratamento mais utilizado foi o uso do colar cervical (20 casos), seguido pela tração (seis casos) e a artrodese C1-C2 (seis casos). CONCLUSÃO: A fixação rotatória C1-C2 é uma doença muito mais frequente na infância, em geral causada por uma contratura do músculo esternocleidomastoideo seguida de uma IVAS. Na maioria dos casos a fixação é reversível somente com tratamento conservador, em especial se o tratamento for precoce. Em casos com evolução tardia, pode ser necessária a tração mentoneira ou craniana e nos casos irredutíveis a artrodese C1-C2.
Síndrome; Áxis; Atlas cervical; Criança; Artrodese; Resultado de tratamento