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As Empresas Estatais Necessitam de um Fator de Prêmio de Risco?

RESUMO

Apesar de extensas conquistas da privatização nas últimas décadas, a governo ainda permanece como acionista controlador de empresas de capital aberto em todo o mundo. Consistente com as evidências anteriores de mudanças estruturais no coeficiente beta durante as crises financeiras, a recessão econômica mais recente de 2014 a 2016 no Brasil apresenta uma oportunidade para demonstrar as desvantagens de investir em empresas de capital aberto controladas pelo governo. Construindo um portfólio de empresas públicas de capital aberto, descobrimos que a crise financeira produziu um aumento significativo na exposição ao risco, resultados muito mais pronunciados quando comparados a um portfólio de empresas privatizadas. Os resultados também indicam que, além de um fator de mercado, o baixo desempenho pode ser explicado pelo tipo de controle. Acreditamos que este estudo contribui para o longo debate, que discute se as empresas estatais apresentam desempenho pior que o das empresas privadas, com maior volatilidade e menores retornos, particularmente durante um período de crise financeira.

PALAVRAS-CHAVE
Propriedade do Estado; Privatização; Precificação de ativos; CAPM; Crise financeira

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