Acessibilidade / Reportar erro

Estudo prospectivo da hipocalcemia clínica e laboratorial após cirurgia da tireoide

A hipocalcemia pode ser detectada clínica e laboratorialmente após a tireoidectomia. OBJETIVO: Analisar a incidência e fatores de risco da hipocalcemia clínica e laboratorial após cirurgia da glândula tireoide. MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo de 91 pacientes submetidos à tireoidectomia. Aspectos demográficos, intraoperatórios e anatomopatológicos foram correlacionados com os achados de hipocalcemia. RESULTADOS: Foram considerados fatores de risco para o hipoparatireoidismo clínico a faixa etária acima dos 50 anos (p = 0,022) e realização de cirurgia não parcial (p < 0,001). Foi considerado fator de risco para o hipoparatireoidismo laboratorial a 48 horas a cirurgia não parcial (p = 0,004). Não houve fator de risco para o surgimento do hipoparatireoidismo laboratorial a um mês. Houve significância entre hipotireoidismo laboratorial a 48 horas e a um mês. CONCLUSÕES: A extensão da tireoidectomia é fator de risco para o hipoparatireoidismo clínico e laboratorial, enquanto a faixa etária é fator para o hipoparatireoidismo clínico. A detecção de hipoparatireoidismo laboratorial com 48 horas de pós-operatório é fator predisponente para o hipoparatireoidismo laboratorial com um mês de pós-operatório, mas caracterizou-se o caráter temporário da maior parte dos casos.

complicações pós-operatórias; doenças da glândula tireoide; glândulas paratireoides; hipocalcemia; tireoidectomia


Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br