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Potenciais Evocados Auditivos de Estado Estável no diagnóstico audiológico infantil: uma comparação com os Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico

Os Potenciais Evocados Auditivos de Estado Estável (PEAEE) têm sido apontados como uma técnica promissora na avaliação audiológica infantil. OBJETIVO: Investigar o nível de concordância entre os resultados dos PEAEE e dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (PEATE-clique) em um grupo de crianças com perda auditiva sensorioneural, averiguando assim a aplicabilidade clínica desta técnica na avaliação audiológica infantil. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo de coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: 15 crianças com idade entre dois e 36 meses e diagnóstico de perda auditiva sensorioneural. A concordância entre as respostas dos dois testes foi avaliada por meio do coeficiente de correlação intraclasse e o teste de McNemar comparou os dois testes quanto à probabilidade de ocorrência de resposta. RESULTADOS: Os coeficientes de correlação encontrados foram 0,70; 0,64; 0,49; 0,69; 0,63 e 0,68 respectivamente para as frequências de 1, 2, 4, 1-2, 2-4 e 1-2-4kHz. No teste de McNemar foi obtido p=0.000, indicando que a probabilidade de se obter resposta presente nos dois testes não é igual, sendo maior nos PEAEE. CONCLUSÃO: A boa concordância observada entre as técnicas sugere que um exame pode ser complementar ao outro. Os PEAEE, entretanto, promoveram informações adicionais nos casos de perdas severas e profundas, acrescentando dados importantes para a reabilitação destas crianças e proporcionando maior precisão no diagnóstico audiológico.

criança; perda auditiva neurossensorial; potenciais evocados auditivos do tronco encefálico


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