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Displasia frontonasal: avaliação clínica e eletrofisiológica da audição

A displasia frontonasal (DFN) representa um complexo malformativo que afeta os olhos, o nariz e a região frontal da face. Estudos específicos com o objetivo de estudar a audição na DFN não foram encontrados na literatura. OBJETIVO: Avaliar o sistema auditivo em indivíduos com DFN quanto à acuidade e condução do estímulo sonoro até o tronco encefálico. MATERIAL E MÉTODO: 21 pacientes na faixa etária de 7 a 42 anos, sendo 14 do sexo feminino e 7 do sexo masculino, com DFN isolada ou sindrômica, foram submetidos à anamnese, meatoscopia, imitanciometria, audiometria tonal liminar e potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE). FORMA DE ESTUDO: Estudo de série clínico prospectivo. RESULTADOS: Limiares audiométricos normais em 15 (70%) indivíduos e alterados em 5 (25%), sendo perda auditiva condutiva na maior parte. Na timpanometria, 30 orelhas (72%) apresentaram curva tipo A, 5 (12%) tipo C, 4 (9%) tipo Ar e 3 (7%) tipo B. Os valores das latências absolutas e interpicos do PEATE foram normais. CONCLUSÕES: Não foram encontradas alterações na via auditiva até o tronco encefálico. As alterações condutivas são provavelmente relacionadas às patologias de orelha média decorrentes da fissura de palato. Sugerimos a avaliação de níveis mais altos dentro do sistema auditivo.

audição; hipertelorismo; potenciais evocados auditivos do tronco encefálico


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