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Efeitos da cisplatina em cobaias: histologia coclear e genotoxidade

Conhecer as respostas do DNA aos agentes externos como a cisplatina pode ser relevante para o diagnóstico e tratamento das alterações auditivas causadas pela administração deste fármaco. OBJETIVOS: Verificar a influência da cisplatina sobre a cóclea e o DNA de cobaias. MATERIAL E MÉTODO: Estudo experimental executado com 12 cobaias (Cavia porcellus). O critério de inclusão de cobaias na amostra foi a presença de reflexo de Preyer e emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPDs). As cobaias foram dividas em dois grupos: Grupo controle (GC) - composto de seis cobaias, às quais foi administrada solução fisiológica por seis dias consecutivos, via intraperitoneal; Grupo estudo (GE) - composto por seis cobaias, às quais foi administrada cisplatina em seis doses consecutivas de 3mg/kg/dia via intraperitoneal. Vinte e quatro horas após a última aplicação de cisplatina as cobaias foram sacrificadas, foi coletada amostra sanguínea e as cócleas foram removidas. RESULTADOS: Administração de cisplatina não provocou alterações genotóxicas. A análise histológica mostrou alterações no órgão de Corti e gânglio espiral. CONCLUSÃO: A cisplatina provoca alterações na histologia coclear como perda da microcitoarquitetura normal do órgão de Corti e redução dos neurônios do gânglio espiral com alterações celulares. No entanto, não foram detectados danos genotóxicos.

cobaias; células ciliadas auditivas; genotoxicidade; histologia


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