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As alterações nasofibroscópicas e tomográficas de seios paranasais são preditoras de gravidade em pacientes com fibrose cística

A fibrose cística (FC) resulta de mutação no gene regulador da condutância transmembrana, responsável pelo controle dos processos secretores. As vias aéreas superiores (VAS) geralmente são comprometidas na forma de pansinusite crônica. OBJETIVO: Avaliar as alterações das VAS nos pacientes com FC e determinar a correlação entre os achados tomográficos e endoscópicos nasossinusais e a gravidade da doença. MÉTODO: Estudo transversal, prospectivo com 20 pacientes maiores de 5 anos com diagnóstico de FC avaliando escore de Shwachman-Kulczycki (S-K), tomografia de seios paranasais (TC) (escore de Lund-Mackay) e videonasofibroscopia (escore de Meltzer). RESULTADOS: Alterações tomográficas foram observadas em 94% dos casos. Alterações endoscópicas nas VAS foram encontradas em dez pacientes. Pólipo nasal ocorreu em três pacientes (15%). Observou-se correlação entre a intensidade das alterações da TC e o escore S-K (p = 0,0097) e entre os achados endoscópicos e o escore S-K (p = 0,0318). Observou-se relação positiva entre a presença de colonização crônica e os achados endoscópicos (p = 0,0325), o que não foi observado com os achados tomográficos (p = 0,2941). CONCLUSÃO: Há correlação inversa entre o escore clínico de S-K e os achados de TC e nasofibroscopia. Portanto, os pacientes clinicamente mais graves de acordo com o escore de S-K apresentam maior comprometimento de VAS.

fibrose cística; sinusite; índice de gravidade de doença


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