Atualmente, questiona-se de que forma habilidades top-down podem interferir no desempenho em testes de processamento auditivo.
OBJETIVO:
Investigar a existência de uma possível associação entre habilidades de memória, atenção e linguagem, em testes de processamento auditivo, em crianças com desenvolvimento "típico".
MÉTODO:
Vinte crianças (idades entre 7 e 9 anos); sem queixas relacionadas à linguagem oral e/ou escrita, comprometimento neurológico ou psicológico evidente ou atraso no desenvolvimento psicomotor. Aplicou-se a Avaliação Audiológica e do Processamento Auditivo, além dos Testes Psicofísicos (Testes de Atenção Visual e Auditiva, Teste de Memória para Dígitos e para Sílabas e Teste de Consciência Fonológica).
RESULTADOS:
Houve correlação "muito forte" entre Teste de Padrão de Frequência e Memória para Dígitos, correlações "fortes" entre Teste SSW (OE) e Memória para Sílabas e Teste SSW (OE) e Tarefas Fonêmicas.
CONCLUSÃO:
Teste de Padrão de Frequência apresentou forte correlação com a habilidade de memória de trabalho fonológica, assim como o Teste SSW com habilidades de linguagem e memória para sílabas. Destaca-se, portanto, a dificuldade em se interpretar, clinicamente, os resultados de cada teste de processamento auditivo, isoladamente, já que estes podem ser dependentes de habilidades não necessariamente relacionadas à modalidade auditiva, como a memória e a linguagem.
atenção; linguagem; memória; percepção auditiva; testes auditivos