Introdução:
Apesar de ser uma neoplasia rara, o nasoangiofibroma juvenil (NAJ) está associado a elevadas taxas de morbimortalidade e potencial invasão intracraniana. Excisão cirúrgica é o tratamento de escolha. O acesso endoscópico transnasal tem substituído a abordagem cirúrgica externa nas lesões pequenas, podendo ser utilizados de forma conjunta nos casos mais avançados.
Objetivo:
Deteminar a prevalência de complicações no tratamento cirúrgico endoscópico ou guiado por endoscopia nos NAJ com mínima invasão intracraniana.
Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo realizado nos pacientes com NAJ classe IIIA de Radkowski, com mínima invasão intracraniana, submetidos à cirurgia endoscópica guiada por endoscopia ou acesso cirúrgico externo, entre janeiro de 1996 e maio de 2010.
Resultados:
No total, 13 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico. O acesso endoscópico exclusivo foi realizado em três pacientes, sem complicações pós-operatórias. Cirurgia guiada por endoscopia foi realizada em três pacientes, com duas complicações pós-operatórias. Acesso cirúrgico externo foi realizado em sete pacientes.
Conclusão:
O tratamento cirúrgico do nasoangiofibroma com invasão intracraniana constitui um grande desafio a otorrinolaringologistas e neurocirurgiões. Neste aspecto, os índices de sucesso associado à baixa taxa de complicação intra e pós-operatória parecem ser indicativos de que o acesso endoscópico vem ganhando espaço no manejo do NAJ IIIA da classificação de Radkowski.
Angiofibroma; Endoscopia; Cirurgia videoassistida; Recidiva; Complicações intraoperatórias; Complicações pós-operatórias