INTRODUÇÃO:
O transplante de células troncas hematopoiéticas (TCTH) associa-se a mais infecções respiratórias devido a imunossupressão.
OBJETIVO:
Este trabalho tem o objetivo de verificar a frequência das rinossinusites pós-TCTH, a associação entre a rinossinusite e a doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) crônico e o tipo de transplante e o tratamento clinico e o tratamento cirúrgico e a sobrevida.
MÉTODO:
Estudo retrospectivo em hospital universitário terciário. Foram selecionados 95 pacientes com doença hematológica submetidos a TCTH entre 1996 a 2011.
RESULTADOS:
A leucemia mieloide crônica foi a doença mais prevalente. O tipo de transplante mais realizado foi o alogênico (85,26%). A frequência de rinossinusite foi de 36%, sem diferença entre os tipos de transplante autólogo e alogênico. A DECH crônica ocorreu em 30% dos pacientes. Os pacientes com DECH tiveram maior frequência e recorrência de rinossinusite, além de mais necessidade de sinusectomia endoscópica e de diminuição da sobrevida global.
CONCLUSÃO:
Houve maior frequência de rinossinusite no TCTH e DECH. O tipo de transplante não parece predispor a ocorrência da rinossinusite. A DECH parece ser um fator agravante e necessita de tratamento mais rigoroso.
Sinusite; Transplante de células-tronco hematopoéticas; Condutas terapêuticas; Doença enxerto-hospedeiro