INTRODUÇÃO:
A estimulação eletroacústica é uma excelente opção para pessoas com audição residual nas baixas frequências, que obtêm benefício insuficiente com aparelhos auditivos. Para ser eficaz, a audição residual deve ser preservada durante a cirurgia de implante coclear.
OBJETIVOS:
Avaliar a preservação auditiva de pacientes implantados e comparar os resultados de acordo com a abordagem da orelha interna.
MÉTODO:
19 indivíduos foram implantados com uma técnica cirúrgica para preservação auditiva, tendo sido utilizado o eletrodo MED-EL FLEXTM EAS, concebido para ser atraumático. Foram avaliados os exames audiométricos tonais no pré e pós-operatório, com uma média de 18,4 meses após o implante para medir a taxa de preservação da audição residual.
RESULTADOS:
17 pacientes tiveram preservação total ou parcial da audição residual; cinco obtiveram preservação da audição total e dois indivíduos não tiveram preservação da audição. A inserção do eletrodo ocorreu por cocleostomia em 3 pacientes; em 2 destes pacientes não houve preservação da audição. Os outros 16 pacientes foram submetidos à abordagem pela janela redonda. Todos os pacientes foram beneficiados com o implante coclear, mesmo aqueles pacientes que utilizando apenas estimulação elétrica.
CONCLUSÃO:
A preservação auditiva ocorreu em 89,4% dos casos. Não houve diferença significativa entre as formas de abordagem da orelha interna.
Implante coclear; Orelha interna; Correção de deficiência auditiva; Perda auditiva bilateral