INTRODUÇÃO:
Diversos estudos experimentais evidenciam osteíte após estabelecimento de sinusite, corroborando para a ideia de que o envolvimento ósseo poderia participar na disseminação e perpetuação do processo inflamatório. Porém procedimentos realizados para indução da doença nestes modelos, como antrostomias, podem, por si só, desencadear osteíte.
OBJETIVO:
Avaliar osteíte em um modelo de rinossinusite em que não ocorre manipulação sinusal e verificar se esta é limitada ao lado de indução, ou se acomete o lado contralateral.
MÉTODO:
Estudo experimental em que induziu-se rinossinusite em 20 coelhos, por meio de obliteração temporária com esponja de uma das cavidades nasais. Amostras de tecido sinusal foram submetidas à análise histológica semiquantitativa, após sacrifício dos animais em intervalos regulares.
RESULTADOS:
Foram observados sinais de inflamação óssea e mucosa mais intensa no lado de indução, mas também contralateral. Testes estatísticos evidenciaram correlação entre a osteíte de ambos os lados, porém não entre inflamação óssea e mucosa de um mesmo lado, apoiando a teoria de que a inflamação poderia se disseminar através do tecido ósseo, independente da inflamação mucosa.
CONCLUSÃO:
O presente estudo evidenciou a existência de osteíte, tanto no lado de indução quanto no contralateral, em modelo experimental em que não ocorre manipulação sinusal.
Sinusite; Osteíte; Modelos animais