Resumo
INTRODUÇÃO:
Muitos estudos epidemiológicos indicam a participação do papilomavírus humano, especialmente o tipo 16, na carcinogênese dos tumores espinocelulares das cavidade oral e oro-faríngea, principalmente em jovens e não fumantes, sendo portanto importante sua detecção nas lesões desta região.
OBJETIVO:
Elucidar a habilidade do escovado em detectar o papilomavírus humano, pela reação em cadeia da polimerase, nas lesões orais e orofaríngeas, comparando os resultados com os obtidos por biópsia.
MÉTODO:
Estudo prospectivo de pacientes com lesões orais e orofaríngeas, pela reação em cadeia da polimerase, no qual foram pareados os resultados de amostras obtidas por escovado e por biópsia. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição.
RESULTADO:
Foram analisados 35 pares de amostras, porém estavam inapropriadas para análise 45,7% (16/35) das amostras obtidas por escovado, e portanto, somente 19 pares puderam ser comparados. Em 94,7% dos pares houve concordância dos resultados, sendo encontrado o papilomavírus humano − 16 em um destes pares. O ácido desoxirribonucleico do papilomavírus humano foi detectado em 8,6% (3/35) das biópsias e em 5,7% (2/35) dos escovados.
CONCLUSÃO:
Não houve diferença estatística entre os métodos, mas como houve um grande número de amostras obtidas por escovado inapropriadas, este parece não ser confiável para o rastreamento.
PALAVRAS-CHAVE:
Reação de polimerase em cadeia; Testes de DNA para papilomavírus humano; Boca; Orofaringe