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Relação entre doenças no seio maxilar e dentes hígidos

RESUMO

INTRODUÇÃO:

A proximidade das raízes com o seio maxilar pode criar uma variedade de riscos.

OBJETIVO:

Avaliar a relação entre as raízes dos dentes hígidos com o seio maxilar, assim como com a ocorrência de doenças sinusais.

MÉTODO:

Três radiologistas analisaram 109 imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O teste Kappa avaliou a concordância intra e interexaminadores. Os testes de Qui-quadrado e Razão de Prevalência foram utilizados para testar a hipótese de que raízes de dentes hígidos dentro do seio maxilar favorecem a ocorrência doenças sinusais (nível de significância = 0,01).

RESULTADOS:

A concordância intra e interexaminadores variou de boa a excelente. O teste Qui-quadrado mostrou uma diferença estatisticamente significante (p = 0,006) entre as raízes dentárias dentro do seio maxilar patológico (6,09%) e aquelas dentro do seio normal (3,43%). O teste de Razão de Prevalência mostrou uma ocorrência de raízes dentárias dentro de seios patológicos estatisticamente maior do que dentro de seios normais (p < 0,0001). As raízes dentro do seio maxilar foram encontradas 1,82 vezes mais associadas a seios patológicos.

CONCLUSÃO:

Raízes dentárias dentro do seio maxilar são quase duas vezes mais associadas a seios patológicos do que a seios normais. Dentes hígidos que têm raízes dentro do seio maxilar podem induzir uma resposta inflamatória da mucosa sinusal. Suspeita-se que procedimentos odontológicos possam agravar tal situação.

Palavras-chave:
Dente molar; Dente pré-molar; Seio maxilar; Raiz dentária; Tomografia computadorizada de feixe cônico

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