Resumo
Introdução:
Uma série de abordagens terapêuticas tem sido empregada no tratamento do zumbido, desde terapias cognitivo-comportamentais e de enriquecimento sonoro até terapias medicamentosas. Nesse contexto, os agentes antioxidantes, amplamente utilizados em diversas áreas da medicina, parecem representar uma perspectiva promissora para o controle desse sintoma, que muitas vezes tem um controle clínico insatisfatório.
Objetivo:
Avaliar os efeitos da terapia com agentes antioxidantes sobre o zumbido em um grupo de pacientes idosos.
Método:
Ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. A amostra composta de 58 indivíduos com 60 anos ou mais, com queixa clínica de zumbido associado à perda auditiva, do tipo neurossensorial, em graus variados. Esses indivíduos foram submetidos ao questionário THI (Tinnitus Handicap Inventory) antes e após 6 meses de uso da medicação. Os esquemas terapêuticos foram os seguintes: extrato seco de Ginkgo biloba(120 mg/dia), ácido a-lipóico (60 mg/dia) + vitamina C (600 mg/dia), cloridrato de papaverina(100 mg/dia) + vitamina E (400 mg/dia) e placebo.
Resultados:
O THI após o tratamento foi estatisticamente igual ao THI antes do tratamento, tanto em graus (p = 0,441) quanto em escores (p = 0,848).
Conclusão:
Não se verificou benefício estatisticamente significativo com o uso de agentes antioxidantes para o zumbido dos indivíduos avaliados.
PALAVRAS-CHAVE:
ZUMBIDO;ANTIOXIDANTES;IDOSO