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Polimorfismos em metilenotetrahidrofolato redutase, cistationina beta-sintase no câncer de boca - um estudo de caso-controle no Sudeste brasileiro

Resumo

Introdução:

O carcinoma espinocelular oral (CECO) trata-se de um importante problema de saúde pública, devido à elevada taxa de mortalidade e incidência crescente em todo o mundo. A susceptibilidade ao CECO é mediada por interações entre fatores genéticos e ambientais. Estudos sugerem que as variantes genéticas que codificam as enzimas envolvidas no metabolismo do folato podem modular o risco de CECO, alterando a síntese/reparação do DNA e o processo de metilação.

Objetivo:

Os objetivos deste estudo foram avaliar a associação de três polimorfismos genotípicos (MTHFR C677T, MTHFR A1298C e CBS 844ins68) e o risco de câncer oral em brasileiros da região Sudeste, e avaliar as interações entre polimorfismos e parâmetros clínico-histopatológicos.

Método:

Este estudo de caso-controle incluiu 101 casos e 102 controles no estado do Espírito Santo, Brasil. A genotipagem do polimorfismo MTHFR foi realizada por PCR-RFLP (Reação de Polimerase em Cadeia - Polimorfismo no Comprimento de Fragmento de Restrição) e a do CBS por análise da PCR (Reação de Polimerase em Cadeia).

Resultados:

O polimorfismo MTHFR C677T foi associado ao envolvimento de gânglios linfáticos. O genótipo CT + TT atuou como um fator protetor. O genótipo MTHFR A1298C AC + CC foi associado à diferenciação do tumor e, possivelmente, a um prognóstico melhor. Na análise de risco, a correlação entre os genótipos e o CECO não foi observada.

Conclusão:

Concluímos que os polimorfismos MTHFR C677T, MTHFR A1298C e CBS 844ins68 não estão associados ao risco de CECO nos brasileiros da região Sudeste; no entanto, sugerimos um efeito prognóstico associado aos polimorfismos MTHFR C677T e A1298C em CECO.

PALAVRAS-CHAVE:
CARCINOMA ESPINOCELULAR ORAL; METILENOTETRAHIDROFO-LATO REDUTASE; CISTATIONINA BETA-SINTASE; POLIMORFISMO GENÉTICO

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