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O papel do volume plaquetário médio e a relação neutrófilos/linfócitos em abscesso periamigdaliano Como citar este artigo: Şentürk M, Azgın İ, Övet G, Alataş N, Ağırgöl B, Yılmaz E. The role of the mean platelet volume and neutrophilto-lymphocyte ratio in peritonsillar abscesses. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:662-7. ,☆☆ ☆☆ O protocolo deste estudo foi aprovado pelo conselho de revisão institucional da Selçuk University, Medical Faculty, Konya, Turquia (Decisão nº 2015/123).

Resumo

Introdução:

O abscesso periamigdaliano (APA) é uma doença infecciosa grave do tecido tonsilar. O seu tratamento geralmente requer uma abordagem medicamentosa e cirúrgica para o alívio dos sintomas. Recentemente, além do acompanhamento clínico, alguns marcadores inflamatórios, como o volume plaquetário médio (VPM) e a relação neutrófilos/linfócitos (RN/L), foram considerados marcadores de monitoramento adicionais em doenças inflamatórias.

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi descrever o papel os VPM e a RN/L em pacientes com APA.

Método:

Estudo retrospectivo realizado com 88 pacientes com ATP e 88 indivíduos saudáveis. Analisamos a contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C-reativa (PCR), VPM e RN/L e a comparamos os valores entre o grupo de pacientes e grupo controle.

Resultados:

Os níveis de VPM eram significativamente maiores no grupo APA pré-tratamento que no grupo APA pós-tratamento e no grupo controle. Um valor de corte de 8,7 para o VPM foi considerado ideal para avaliar sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo de 75, 65,9, 68 e 72%, respectivamente. Os níveis da RN/L eram significantemente maiores no grupo APA pré-tratamento que no grupo APA pós-tratamento e no grupo controle. Um valor de 3,08 para a RN/L foi o valor de corte ideal para avaliar sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo de 90,9, 90,9, 90,9 e 90,9%, respectivamente. Enquanto a contagem dos valores de leucócitos, neutrófilos, linfócitos e PCR foi significantemente diferente entre os grupos de pacientes e controle (p<0,05), a contagem de plaquetas não foi (p>0,05).

Conclusão:

Os valores de VPM e RN/L sugerem que estes são parâmetros inflamatórios de acompanhamento rápido, barato e confiável, e que podem ser facilmente integrados à prática diária para o tratamento de APA, exceto pela contagem de plaquetas.

PALAVRAS-CHAVE
Volume plaquetário médio; Relação neutrófilos/linfócitos; Abscesso periamigdaliano; Tratamento

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