Resumo
Objetivo
O presente estudo teve por objetivo avaliar se o desempenho auditivo é preditor de controle postural em usuários de IC pelo menos seis meses após a cirurgia.
Método
Estudo transversal que consistiu em recipientes de implante coclear (IC) com surdez pós-lingual e controles, que foram divididos nos seguintes grupos: nove usuários de IC com bom desempenho auditivo (G+), cinco usuários de usuários de IC com desempenho auditivo insatisfatório (G-) e sete controles (GC). Aplicamos os testes de posturografia dinâmica computadorizada (PDC), de organização sensitiva (TOS) e de adaptação (TAd) como desempenho de dupla tarefa, primeiro teste (PT) e reteste (RT) no mesmo dia, com intervalo de 40-60 minutos entre testes, com o objetivo de avaliar a capacidade de aprendizado em curto prazo nas estratégias de recuperação postural. Comparamos os resultados dos testes.
Resultados
Na comparação do desempenho de dupla tarefa no teste PDC e a média ponderal entre todas as condições de teste, o grupo G+ demonstrou melhor desempenho no RT nos TOS4, TOS5, TOS6 e EC, o que não foi observado para os grupos G- e GC. O grupo G- obteve níveis significantemente mais baixos de capacidade de aprendizado em curto prazo vs. outros dois grupos no TOS5 (p = 0,021), TOS6 (p = 0,025) e EC (p = 0,031).
Conclusão
Usuários de IC com bom desempenho auditivo tiveram índice melhor de recuperação postural, quando comparados com usuários de IC com desempenho auditivo insatisfatório.
Palavras-chave
Tontura; Equilíbrio; Perda auditiva; Posturografia; Potenciais evocados auditivos; Implante coclear