Resumo
Introdução:
O uso de telefones celulares tornou-se generalizado nos últimos anos. Embora benéfico do ponto de vista da comunicação, os campos eletromagnéticos gerados por celulares pode causar alterações biológicas indesejáveis no corpo humano.
Objetivo:
Nesse estudo, o objetivo foi avaliar os efeitos do campo eletromagnético na frequência de 2.100 MHz, similar à modulação do Sistema Global para Comunicações Móveis, produzido por um gerador de campo eletromagnético, sobre o sistema auditivo de ratos usando os métodos eletrofisiológico, histopatológico e imunohistoquímico.
Método:
Foram incluídos no estudo catorze adultos ratos albinos Wistar. Os ratos foram divididos aleatoriamente em dois grupos de sete animais cada. O grupo de estudo foi exposto continuamente por 30 dias a um campo eletromagnético em 2100 MHz com um nível de sinal (potência) de 5,4 dBm (3,47 miliwatts) para simular o modo de conversação em um celular. O grupo controle não foi exposto ao campo eletromagnético acima mencionado. Após 30 dias, o potencial evocado auditivo de tronco encefálico de ambos os grupos foi gravado e os ratos foram sacrificados. Os núcleos cocleares foram avaliados pelos métodos histopatológico e imunohistoquímico.
Resultados:
Os registros do potencial evocado auditivo de tronco encefálico dos dois grupos não diferiram significativamente. A análise histopatológica mostrou aumento dos sinais de degeneração no grupo de estudo (p = 0,007). Além disso, a análise imuno-histoquímica revelou aumento do índice de apoptose no grupo de estudo em comparação com o grupo controle (p = 0,002).
Conclusão:
Os resultados confirmam que a exposição a longo prazo a um campo eletromagnético em 2100 MHz similar à modulação do sistema global para comunicações móveis causa um aumento na degeneração neuronal e apoptose no sistema auditivo.
Palavras-chave:
Núcleo coclear; Degeneração neuronal; Radiação eletromagnética