Adebanjo et al., 20174848 Adebanjo T, Godfred-Cato S, Viens L, Fischer M, Staples JE, Kuhnert-Tallman W, et al. Update: interim guidance for the diagnosis, evaluation, and management of infants with possible congenital Zika virus infection - United States, October 2017. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2017;66:1089-99.; MMWR - Morbidity and Mortality Weekly Report |
Update: Interim Guidance for the Diagnosis, Evaluation, and Management of Infants with possible Congenital Zika Virus Infection - EUA, Outubro, 2017. Artigo de Diretriz. |
Lactentes com achados clínicos consistentes com SCZv ou lactentes sem SCZv que nasceram de mães com evidências laboratoriais de possível infecção materna pelo Zika vírus durante a gravidez; Peate-A com um mês de idade se a triagem auditiva do recém-nascido foi feita apenas com EOAs. |
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Emenda às recomendações anteriores de 2016: um Peate diagnóstico aos 4 a 6 meses ou teste auditivo comportamental aos 9 meses de idade não é mais recomendado se a triagem auditiva inicial foi feita por Peate automático devido a ausência de dados sugestivos de perda auditiva de início tardio na infecção por ZIKV congênita. |
Russel et al., 20164949 Russell K, Oliver SE, Lewis L, Barfield WD, Cragan J, Meaney-Delman D, et al. Update: interim guidance for the evaluation and management of infants with possible congenital Zika virus Infection - United States, August 2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2016;65:870-8.; MMWR - Morbidity and Mortality Weekly Report |
Update: Interim Guidance for the Diagnosis, Evaluation, and Management of Infants with possible Congenital Zika Virus Infection - EUA, Agosto de 2016. Artigo de Diretriz. |
Mães com evidências laboratoriais de ZIKV com lactentes sem evidência de anormalidades clínicas: Cuidados de rotina, inclusive EF, PC, peso/comprimento e exame neurológico; antes da alta: triagem auditiva, US pós-natal do crânio; lactentes com teste positivo para ZIKV: Peate e exame oftalmológico na idade de 2 semanas e considerar Peate aos 4-6 meses ou audiologia comportamental aos 9 meses. |
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Mães com evidência laboratorial de ZIKV, com filhos com anormalidades consistentes com SCZv: cuidados de rotina, inclusive EF, PC, peso/comprimento e exame neurológico; antes da alta: triagem auditiva, Peate, US pós-natal do crânio, hemograma, painel metabólico; TFH; exame oftalmológico, considerar neuroimagem avançada. Considerar transferência para hospital com atendimento de subespecialidade; lactentes com resultados negativos: avaliar outras causas de anomalias congênitas; tratamentos adicionais conforme clinicamente indicado; lactentes com teste positivo: triagem da tireoide com idade de 2 semanas e aos 3 meses; exame neurológico com 1 mês e 2 meses; exame oftalmológico aos 3 meses e Peate com 4-6 meses; cuidados de saúde preventivos de rotina, inclusive monitoração da alimentação e crescimento; orientação antecipatória de rotina e específica para infecção congênita; encaminhamento para especialistas, inclusive avaliação de outras causas de anomalias congênitas, conforme necessário. |
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Mães não testadas para o ZIKV ou testadas fora da janela apropriada, com filhos sem evidência de anormalidades clínicas: teste materno de ZIKV; considerar o teste de ZIKV placentário; cuidados de rotina, inclusve EF, PC, peso/comprimento e exame neurológico; antes da alta: triagem auditiva, US pós-natal do crânio; teste de ZIKV nas crianças se houver evidência de infecção por ZIKV em testes maternos; tratamento ambulatorial para exame clínico adequado dos lactentes e resultados de testes. |
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Mães não testadas para o ZIKV ou testadas fora da janela apropriada*, com lactentes com anormalidades consistentes com SCZv: teste materno para o ZIKV; considerar o teste placentário para o ZIKV; cuidados de rotina, inclusive EF, PC, peso/comprimento e exame neurológico; antes da alta: triagem auditiva, Peate, US pós-natal de crânio, hemograma, painel metabólico; TFH; exame oftalmológico, considerar neuroimagem avançada; considerar transferência para um hospital com atendimento de subespecialidade; lactentes com resultados negativos: avaliar outras causas de anomalias congênitas; tratamentos adicionais conforme clinicamente indicado; lactentes com resultado positivo: encaminhar ao tratamento ambulatorial para bebês com anormalidades consistentes com a síndrome congênita do Zika vírus. |
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, 2015.5555 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenc¸ão à Saúde BMda S. Protocolo de atenc¸ão à saúde e resposta à ocorrênciade microcefalia relacionada à infecc¸ão pelo vírus Zika. Versão 1.1; 2015, 49 p. Available at: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-768748 [accessed 17.04.18]. http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resou...
Disponível em: www.saude.gov.br/svs |
Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika Manual de Cuidados de Saúde. |
Recém-nascido com microcefalia: teste de triagem auditiva (EOA) com 24 a 48 horas de vida e Peate feito idealmente na maternidade. Se não houver equipamento para Peate, enviar o paciente para o serviço de referência mais próximo (Centro Especializado de Reabilitação com modalidade de audição ou Centro de Reabilitação Auditiva de Alta Complexidade), até o primeiro mês de vida. Em caso de falha, o reteste deve ser feito dentro de 30 dias, de preferência no mesmo local do teste anterior. Em caso de falha no reteste, a criança deve ser encaminhada imediatamente para avaliação diagnóstica otorrinolaringológica e audiológica. O teste de triagem auditiva neonatal não deve ser feito em crianças com malformações auditivas (mesmo que unilaterais). Esses pacientes devem ser encaminhados diretamente para um serviço de referência para o diagnóstico otorrinolaringológico e audiológico, de acordo com as Diretrizes de Triagem Auditiva Neonatal. Caso seja diagnosticada perda auditiva, a criança deve ser encaminhada para reabilitação em serviço de referência em reabilitação auditiva: Centro Especializado em Reabilitação com modalidade de audição ou Centro de Reabilitação Auditiva de Alta Complexidade. Microcefalia é um indicador de risco para perda auditiva. |
Leal et al., 201699 Leal M de C, Muniz LF, Ferreira TSA, Santos CM, Almeida LC, Van Der Linden V, et al. Hearing loss in infants with microcephaly and evidence of congenital Zika virus infection - Brazil, November 2015-May 2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2016;65:917-9.; MMWR - Morbidity and Mortality Weekly Report |
Hearing Loss in Infants with Microcephaly and Evidence of Congenital Zika Virus Infection - Brasil, Novembro de 2015-Maio de 2016. Séries de casos. |
Para elucidar todo o espectro de perda auditiva em bebês com infecção congênita por Zika vírus, testes e acompanhamento de todas as crianças nascidas de mulheres que tiveram a infecção pelo Zika vírus durante a gravidez, inclusive crianças sem anomalias aparentes ao nascimento, são necessárias. |
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A perda auditiva neurossensorial deve ser considerada parte do espectro de achados clínicos associados à infecção congênita por Zika vírus e a infecção congênita pelo Zika vírus deve ser considerada um fator de risco para perda auditiva em programas de triagem auditiva. |
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Crianças com evidência de infecção congênita pelo Zika vírus que tenham testes de triagem iniciais normais devem receber acompanhamento regular, porque o início da perda auditiva pode ser tardio e a perda pode ser progressiva. |
Leal et al., 201688 Leal M de C, Muniz LF, Caldas Neto S da S, van der Linden V, Ramos RCF. Sensorineural hearing loss in a case of congenital Zika virus. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;30:1-3.. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology |
Sensorineural hearing loss in a case of congenital Zika virus. Relato de Caso. |
Em protocolos de avaliação auditiva para recém-nascidos, a infecção da mãe pelo vírus Zika deve ser incluída entre os fatores de risco para perda auditiva. |
Borja et al., 20174242 Borja A, Araújo RPC de. Hearing screening in children exposed to zika virus during pregnancy. Rev Ciênc Médicas Biol. 2017;16:271.
Revista de Ciências Médicas e Biológicas |
Hearing screening in children exposed to Zika virus during pregnancy. Série de Casos |
Os serviços de saúde que prestam assistência a essa população (crianças expostas aos vírus Zika durante a gestação) devem conscientizar os pais ou cuidadores sobre a necessidade de continuar o acompanhamento do desenvolvimento auditivo até os 24 meses, mesmo que a criança tenha passado nos testes de triagem, entende-se que a perda auditiva tardia pode ocorrer, assim como o desenvolvimento auditivo pode apresentar atrasos importantes que podem comprometer o desenvolvimento da linguagem. |
Satterfield-Nash et al., 20171010 Satterfield-Nash A, Kotzky K, Allen J, Bertolli J, Moore CA, Pereira IO, et al. Health and development at age 19-24 months of 19 children who were born with microcephaly and laboratory evidence of congenital Zika virus infection during the 2015 Zika virus outbreak - Brazil, 2017. Morb Mortal Wkly Rep. 2017;66:1347-51.
MMWR - Morbidity and Mortality Weekly Report |
Health and Development at Age 19-24 Months of 19 Children Who Were Born with Microcephaly and Laboratory Evidence of Congenital Zika Virus Infection During the 2015 Zika Virus Outbreak - Brasil, 2017. Série de casos
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Esses achados permitem a antecipação das necessidades médicas e sociais das crianças afetadas e de suas famílias, inclusive serviços de intervenção precoce, e o planejamento de recursos para apoiar essas famílias nos ambientes de cuidados de saúde e comunidade no Brasil, nos Estados Unidos e em outros países. |
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As crianças com deficiências relacionadas à infecção congênita pelo Zika vírus precisarão de atendimento multidisciplinar de vários subespecialistas pediátricos (10). |
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O acompanhamento em longo prazo e a mensuração da progressão do desenvolvimento de crianças afetadas pelo Zika vírus podem informar os serviços de intervenção e subespecialidades necessárias para fornecer o melhor atendimento para essas crianças. |
Silva et al., 20171111 Silva MFA de A, Mendonça de Araújo FC. Hearing screeningin children exposed to Zika virus. In: II Congresso Brasileirode Ciências da Saúde. 2017. Available at: www.conbracis.com.br/2017/trabalhos-aprovados.php [accessed 17.04.18]. www.conbracis.com.br/2017/trabalhos-apro...
Disponível em: www.conbracis.com.br |
Hearing screening in children exposed to Zika virus. Série de casos
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Recomenda-se que crianças com microcefalia, expostas ao vírus Zika, sejam avaliados por Peate-A, uma vez que a exposição ao vírus Zika foi descrita como um indicador de risco para perda auditiva (IRPA) (Ministério da Saúde, 2016). A justificativa para a esse teste em crianças com IRPA é a maior prevalência de perda auditiva retrococlear não identificável por meio de emissões otoacústicas (Ministério da Saúde, 2012). |
Mittal et al., 20174646 Mittal R, Fifer RC, Liu XZ. A possible association between hearing loss and Zika virus infections. JAMA Otolaryngol Neck Surg. 2017;144:3-4.
JAMA Otolaryngology-Head & Neck Surgery |
A Possible Association Between Hearing Loss and Zika Virus Infection. Artigo de Opinião. |
Os otorrinolaringologistas devem monitorar lactentes expostos ao ZIKV sem deficiência auditiva ao nascimento, pois podem desenvolver PA em fases posteriores da vida. |
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O diagnóstico precoce e a detecção de PA em bebês expostos ao ZIKV melhorarão a reabilitação auditiva, levarão a melhores resultados no desenvolvimento em longo prazo. |
Fandiño-Cárdenas et al., 20184444 Fandiño-Cárdenas M, Molina-Franky J, Velandia R, Idrovo AJ, Alvarado-Socarras JL, Velandia R, et al. Zika virus infection during pregnancy and sensorineural hearing loss among children at 3 and 24 months post-partum. J Trop Pediatr. 2018;:1-8.
Journal of tropical Pediatrics |
Zika Virus Infection during Pregnancy and Sensorineural Hearing Loss among Children at 3 and 24 Months Post-Partum. Série de casos. |
A perda auditiva causada pela infecção por ZIKV congênita pode ser neurossensorial, neural, condutiva, isolada ou mista. Portanto, uma avaliação completa da audição, inclusive Peate e EOA-PD, deve ser feita em todos os pacientes infectados pelo ZIKA, descartam-se assim a síndrome da neuropatia auditiva e a perda auditiva neurossensorial. |
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Independentemente da presença de microcefalia, todos os neonatos nascidos com suspeita de infecção gestacional ou congênita por Zika precisam ser testados ao nascimento e ser acompanhados com avaliação auditiva completa, considerando o potencial comprometimento da audição ao longo do tempo, como ocorre no CMV. |
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A natureza da perda auditiva na infecção por ZIKV pode ser progressiva e um teste auditivo de acompanhamento deve ser feito pelo menos durante os primeiros cinco anos de vida. |
Martins et al., 201766 Martins OR, Rodrigues P de AL, Santos ACM dos, Ribeiro EZ, Nery AF, Lima JB. Otological findings in patients following infection with Zika virus: case report. Audiol - Commun Res. 2017;22:1-9.
Audiology Communication Research |
Otological findings in patients following infection with Zika virus: case report. Série de casos. |
Considerando a rápida disseminação do ZIKV no Brasil, sugere-se que os pacientes monitorem sua saúde auditiva após a infecção pelo ZIKV, uma vez que esses pacientes podem não relatar qualquer alteração na acuidade auditiva; é possível que o sistema auditivo central possa ser afetado. |
Vinhaes et al., 201777 Vinhaes ES, Santos LA, Dias L, Andrade NA, Bezerra VH, de Carvalho AT, et al. Transient hearing loss in adults associated with Zika virus infection. Clin Infect Dis. 2017;64:675-7.
Clinical Infectious Disease |
Transient Hearing Loss in Adults Associated With Zika Virus Infection. Série de casos. |
Outras investigações podem também destacar outros possíveis eventos raros, como a perda auditiva permanente, facilitam a possível recomendação de exames de audiometria em adultos durante surtos de ZIKV. |
Peloggia et al., 20185353 Peloggia A, Ali M, Nanda K, Bahamondes L. Zika virus exposure in pregnancy and its association with newborn visual anomalies and hearing loss. Int J Gynecol Obstet. 2018;143:277-81.
International Journal of Gynecology and Obstetrics |
Zika virus exposure in pregnancy and its association with newborn visual anomalies and hearing loss. Revisão Narrativa. |
O exame auditivo de crianças com suspeita de infecção por SCZv, mesmo na ausência de microcefalia, é essencial, porque os comprometimentos associados podem ser subestimados se a microcefalia continuar sendo o único critério de inclusão durante a triagem deste grupo de lactentes. |
Leite et al., 20181313 Leite RFP, Santos MSA, Pessoa ALS, Ribeiro EM, Cavalcanti LP de G, Giacheti CM, et al. Hearing screening in children with congenital zika virus syndrome in Fortaleza, Ceara, Brazil, 2016. Epidemiol Serv Saúde. 2018;27:1-10.
Epidemiologia e Serviços de Saúde |
Hearing Screening in children with Congenital Zika Virus Syndrome in Fortaleza, Ceará, Brazil, 2016. Série de casos. |
Sugere-se a inclusão da timpanometria na triagem auditiva antes do encaminhamento ao Peate. |
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A triagem auditiva deve ser feita em crianças com SCZv logo após o nascimento e o encaminhamento para o diagnóstico clínico e audiológico ocorre apenas naqueles que falharem na triagem, em idade precoce. |
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O Peate-A deve ser incluído na recomendação de triagem auditiva para crianças com SCZv. |
Lage et al., 20191414 Lage M-LC, Nascimento-Carvalho C, Fernandes A, Carvalho A, Ventura P, Taguchi T, et al. Clinical, neuroimaging, and neurophysiological findings in children with microcephaly related to congenital zika virus infection. Int J Environ Res Public Health. 2019;16:309.
International Journal of Environmental Research and Public Health |
Clinical, Neuroimaging, and Neurophysiological Findings in Children with Microcephaly Related to Congenital Zika Virus Infection. Série de casos. |
Crianças com microcefalia associada à SCZv precisam de acompanhamento regular, mesmo aquelas com testes iniciais de triagem normais, porque a perda auditiva, como em outras infecções virais congênitas, pode ser tardia e progressiva. |
Leal et al., 20195252 Leal M de C, Ramos DS, Caldas Neto SS. Hearing loss from congenital Zika virus infection. Top Magn Reson Imaging. 2019;28:19-22.
Topics in Magnetic Resonance Imaging |
Hearing Loss From Congenital Zika Virus Infection. Revisão Narrativa. |
Como a infecção congênita por ZIKV deve ser considerada um fator de risco para perda auditiva, recomenda-se a triagem auditiva neonatal com potencial evocado auditivo, mantém-se o acompanhamento clínico, mesmo para aqueles que passam pela triagem, com pelo menos uma avaliação audiológica entre 24 e 30 meses, como recomendado para crianças que apresentam fatores de risco para perda auditiva. |
Calle-Giraldo et al., 20191616 Calle-Giraldo JP, Rojas CA, Hurtado IC, Barco C, Libreros D, Sánchez PJ, et al. Outcomes of congenital zika virus infection during an outbreak in Valle del Cauca, Colombia. Pediatr Infect Dis J. 2019;38:735-40.. The Pediatric Infectious Disease Journal |
Outcomes of Congenital Zika Virus Infection During an Outbreak in Valle del Cauca, Colombia. Série de casos. |
Lactentes expostos durante a gravidez devem receber monitoramento neurológico, oftalmológico e audiológico cuidadoso, mesmo na ausência de microcefalia. |