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Terapia de constrição e indução ao movimento modificada na abordagem terapêutica de uma criança hemiparética crônica pós-acidente vascular encefálico isquêmico infantil: um relato de caso

O acidente vascular encefálico (AVE) é resultado de desorientação da atividade encefálica, de origem vascular, com mais de 24 horas de duração. A terapia de constrição com indução ao movimento (TCIM) destaca-se como método de reabilitação motora que proporciona reorganização cortical. O objetivo deste trabalho foi avaliar a função motora em uma criança pós-AVE, antes e após a TCIM. Participou deste estudo uma criança do sexo feminino, com nove anos e hemiparesia crônica à esquerda. No início e no final do protocolo de TCIM, para a análise simultânea dos músculos flexores e extensores de punho em contração isométrica voluntária máxima, foi utilizada a eletromiografia de superfície para avaliar o equilíbrio a estabilometria. A paciente teve o membro superior (MS) não parético imobilizado junto ao corpo, possibilitando somente a utilização do MS parético. Ainda, foram realizadas 14 sessões consecutivas de fisioterapia. Para a contenção, foi utilizada uma malha tubular, durante 23 horas por dia. A análise revelou um aumento da root mean square (RMS) de flexores e extensores de punho, melhora do equilíbrio e descarga de peso após a intervenção. Assim, 14 dias de TCIM associada ao protocolo de atividades funcionais na fisioterapia resultaram em um melhor padrão de ativação muscular dos extensores e flexores do punho e uma importante melhora do equilíbrio da paciente.

Acidente Vascular Cerebral; Terapia por Exercício; Equilíbrio Postural; Eletromiografia


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