INTRODUÇÃO:
O envelhecimento da população aumenta a demanda por cuidados de saúde e o progresso nesta área tem sido ampliado com as novas tecnologias de cuidado. A população brasileira tem incorporado equipamentos de monitoramento à saúde de uso doméstico e estes podem auxiliar o sujeito se este for adequadamente instrumentalizado para o uso.
OBJETIVO:
Identificar os aparelhos de monitoramento da saúde que são frequentemente utilizados por idosos em ambiente doméstico, descrevendo as dificuldades apresentadas na utilização destes equipamentos.
MÉTODO:
Trata-se de estudo exploratório, analítico e transversal. A coleta de dados incluiu um questionário socioeconômico, Escala de Lawton & Brody para avaliação da capacidade funcional e um questionário para classificação do uso de equipamentos eletrônicos por idosos. Para a análise dos dados, foi utilizado o método de estatística descritiva.
RESULTADOS:
Participaram do estudo 185 idosos ativos, sendo 78,4% mulheres. Do total dos participantes, 53% eram casados e 31,9% possuíam ensino superior completo. Quanto aos problemas de saúde e uso de dispositivos, 48,5% relataram ter hipertensão arterial sistêmica e 25,3%, diabetes; 38,4% relataram possuir o aferidor de pressão arterial digital, 14% o medidor de glicemia e 15,7% o porta-comprimidos. Entre as dificuldades, estavam o manuseio do aferidor de pressão e do medidor de glicemia, a falta de conhecimento na interpretação e gravação dos resultados no aparelho e, por não confiarem nos resultados, os idosos referiram preferir recorrer ao auxílio de um profissional qualificado.
CONCLUSÃO:
As dificuldades de uso apontadas podem estar associadas ao fato de os idosos de hoje pertencerem a uma geração que não teve contato com estes dispositivos quando mais jovens, pela falta de treinamento para uso e pela falta de conhecimentos para gerenciar os resultados.
Doença Crônica; Saúde do Idoso; Desenvolvimento Tecnológico; Autocuidado