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Função cognitiva de idosas residentes em instituições de longa permanência: efeitos de um programa de fisioterapia

O aumento da população idosa mundial demandou novos conhecimentos sobre o processo de envelhecimento saudável e ativo. Os transtornos cognitivos estão diretamente associados ao envelhecimento, sendo, portanto, um problema de saúde pública. Nesse sentido, objetivou-se analisar os efeitos de um programa de fisioterapia para promoção à saúde sobre a capacidade cognitiva de mulheres idosas institucionalizadas. Estudo longitudinal, intervencionista, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de formulário sociodemográfico e clínico, além do Miniexame do Estado Mental (MEEM) em três tempos (pré, após 10 e após 20 intervenções). O programa de promoção à saúde consistiu em 20 atividades lúdico-coletivas, em encontros semanais com duração de uma hora. Na análise estatística, utilizou-se o teste t Student pareado e Análise de Variância, em que se admitiu como nível de significância p<0,05. A amostra foi composta por 24 idosas, com idade média de 80,04 anos. Os resultados mostraram melhora no desempenho das idosas no MEEM tanto na pontuação geral (T0=19,22 vs. T2=28,33; p=0,01), quanto nas subcategorias: "orientação temporal" (T0=3,35 vs. T2=3,57; p=0,02), "registro" (T0=2,61 vs. T2=2,95; p<0,01), "memória de evocação" (T0=1,78 vs. T2=2,71; p<0,01), "ler e executar" (T0=0,43 vs. T2=0,67; p=0,01) e "copiar diagrama" (T0=0,26 vs. T2=0,48; p=0,02). Tais achados sugerem que as ações de Fisioterapia para promoção da saúde possibilitaram melhora no desempenho de atividades cognitivas das idosas institucionalizadas, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida.

Idoso; Cognição; Fisioterapia; Instituição de Longa Permanência para Idosos


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