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HIV/aids em idosos: estigmas, trabalho e formação em saúde

Resumo

Atualmente, no cenário mundial e no Brasil, registra-se um aumento do número de diagnósticos de HIV/aids em idosos. Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa que buscou analisar a atuação de profissionais de saúde em idosos com diagnóstico de HIV/aids em um serviço público de saúde. Foram entrevistados os nove profissionais que compõem um serviço público de assistência especializada em HIV/aids de um município de porte médio de Minas Gerais. As falas foram submetidas à análise de conteúdo e a análise dos resultados permite afirmar que, na percepção dos profissionais de saúde, os principais impactos do diagnóstico de HIV/aids estão vinculados ao isolamento, solidão, preconceito, medo da revelação do diagnóstico e desaceleração ou interrupção das práticas sexuais. Os profissionais relatam sobrecarga de trabalho e sobrecarga psíquica, dificuldades em abordar aspectos da sexualidade e práticas sexuais com idosos e admitem compartilhar alguns estereótipos e preconceitos vinculados ao HIV/aids e à sexualidade da pessoa idosa. Pela análise dos resultados, pode-se concluir que os estigmas e preconceitos vinculados ao HIV e à sexualidade da pessoa idosa estão intimamente presentes no processo de trabalho dos profissionais entrevistados, impactam o tratamento e interferem nos processos de saúde e adoecimento. A discussão sobre esses aspectos deve compor as ações de formação em saúde.

Palavras-chave:
Envelhecimento; HIV; Estigma Social; Formação Profissional.

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