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O Cuidado Paliativo a Idosos Institucionalizados: Vivência dos Ajudantes de Ação Direta

Resumo

O número de idosos institucionalizados em estruturas residenciais cada vez é maior, sendo locais onde vários tipos de cuidados são prestados. Cuidados estes prestados por ajudantes de ação direta que, muitas vezes sem o saberem, estão a desenvolver ações paliativas e, assim, acompanham o idoso até à morte. O objetivo deste estudo foi investigar como a doença terminal e a morte são vivenciados pelos ajudantes de ação direta. Esta investigação foi desenvolvida através de um estudo exploratório-descritivo, qualitativo com uma abordagem fenomenológica, seguindo os passos de Giorgi. A amostra foi de nove indivíduos, que laboram em estruturas residenciais, tendo-se recolhido os dados através de uma entrevista semiestruturada. Após a análise dos achados, foram definidas oito categorias: a relação com o idoso; as experiências positivas; os sentimentos positivos; as experiências negativas; os sentimentos negativos; as estratégias; consequências e formação, categorias essas que ainda foram divididas em subcategorias. Conclui-se que os ajudantes de ação direta demonstram sentir grandes dificuldades em lidar com o sofrimento em fim de vida. Tal não os impede de gostarem do que fazem, referindo vários aspetos positivos nas suas relações com os idosos. A necessidade de criar mais apoios para esses profissionais, seja a nível de formação ou a nível de apoio psicológico, também se mostrou fundamental nessa área em concreto dos cuidados paliativos, pois só assim se sentirão mais capacitados e confiantes para desempenharem as suas funções, trazendo um maior beneficio para os idosos.

Palavras-Chave:
Cuidadores; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Idoso; Cuidados Paliativos.

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