Autor(es)/ Ano de publicação/ Delineamento do estudo |
População (sexo, local de recrutamento, idade/faixa etária, tamanho da amostra, país) e Objetivo |
Métodos para mensuração dos critérios diagnósticos de sarcopenia |
Marcadores inflamatórios avaliados |
Síntese dos principais resultados relativos à sarcopenia e conclusão do estudo |
Estudo com sarcopenia |
Hofmann et al.14 Ano: 2015 Delineamento: Estudo prospectivo |
População: Mulheres jovens da comunidade - N= 17, Idade= 22-28 anos Idosas residentes em instituições de longa permanência - N= 81, Idade= 65-92 anos - País= Áustria Objetivo: Investigar se as concentrações séricas de membros da superfamília do fator transformador de crescimento beta (TGF-β) tais como GDF-15, a miostatina, activina A ou o seu antagonista folistatina, bem como o IGF-1 diferem entre mulheres jovens e idosas com diferentes estágios de dinapenia ou com sarcopenia. |
Massa muscular: - IMME foi calculado através da equação MM/A2 (kg/m2) Método de mensuração da MM= BIA Ponto de corte IMME= ≤6,75 kg/m2 Força muscular: - FPP= avaliada por dinamometria Ponto de corte FPP= considerado o melhor resultado. - PTE= avaliada a força extensora do joelho. Ponto de corte PTE= ≤61,5 Nm Desempenho físico: - VM em percurso de dez metros= foi cronometrado o tempo percorrido em velocidade máxima no percurso de seis metros. Ponto de corte= ≤1 m/s - Teste de Caminhada de Seis Minutos= percorrido o mais rápido possível em um percurso por seis minutos. Ponto de corte= distância em metros percorrida em seis minutos. - Teste de Elevação da Cadeira= sentar e levantar da cadeira o mais frequente possível no tempo de 30 segundos, Ponto de corte= adequado quando houve mais de 50% de domínio do teste. Foram consideradas sarcopênicas as mulheres com baixa MM (IMME ≤6,75 kg/m2), associada com baixa força muscular (PTE≤61,5 Nm) e/ou baixo desempenho físico (VM). |
- GDF-15 - IGF-1 - Folistatina - Activina A - Miostatina |
GDF-15: as idosas apresentaram concentrações séricas maiores de GDF-15 (p<0,001) quando comparadas as mulheres jovens, independente da presença ou ausência de sarcopenia. GDF-15 apresentou correlação negativa moderada com MM (r= -0,320, p <0,01), correlação negativa fraca com FPP (r= -0,290, p<0,01) e Teste de Caminhada de 6 Minutos (r= -0,261, p<0,05) e correlação positiva moderada com VM (r= 0,333, p<0,01) e idade (r= 0,388, p<0,01). IGF-1: as idosas apresentaram concentrações séricas menores de IGF-1 (p<0,001), quando comparadas as mulheres jovens, independente da presença ou ausência de sarcopenia. Houve correlação positiva moderada do IGF-1 com MM (r= 0,365; p<0,01) e negativa moderada com idade (r = -0,359, p<0,01). Na análise de regressão linear múltipla com a combinação entre marcadores, idade e massa gorda, o IGF-1 foi o único marcador inflamatório moderadamente preditivo para MM (+2,9%). Folistatina: nas idosas a folistatina apresentou correlação positiva fraca com desempenho físico avaliado pelo Teste de Elevação da Cadeira (r=0,220; p<0,05). Não foi observada correlação com idade, MM e desempenho físico. Activina A: não houve diferença na concentração sérica entre mulheres idosas e jovens, nem em relação à sarcopenia. Não foi encontrado correlação significativa com idade, e os critérios diagnósticos de sarcopenia. Miostatina: não houve diferença na concentração sérica entre mulheres idosas e jovens, nem em relação a sarcopenia. Não foi encontrado correlação significativa com idade, e os critérios diagnósticos de sarcopenia. Conclusão: a presença isolada ou combinada de marcadores inflamatórios não reflete o quadro de sarcopenia em mulheres idosas. |
Estudos envolvendo os critérios diagnósticos de sarcopenia |
Ogawa et al.15 Ano: 2012 Delineamento: Estudo transversal |
População: Idosos da comunidade - N= 652 - N mulheres= 382, N homens= 270, Idade= 65-96 anos - País= Japão Objetivo: Avaliar concentrações séricas da proteína eHsp72 em pessoas idosas e investigar a sua interação potencial com os componentes de sarcopenia (força muscular, desempenho físico e massa muscular esquelética). |
Massa muscular: - Método de mensuração= BIA. Força muscular: - Método de mensuração= dinamometria para averiguar a FPP. Desempenho físico: - Método de mensuração= VM efetuada em um percurso plano de 11 metros (a velocidade e o número de passos foram avaliados no ponto médio de 5 metros do percurso). |
- eHsp72 |
eHsp72: indivíduos com concentrações séricas maiores de eHsp72 (maior tercil) apresentaram níveis medianos de MM, FPP e VM significativamente menores que os indivíduos com concentrações séricas menores de eHsp72 (p<0,01). Na análise de regressão logística múltipla, com ajuste para idade, sexo e incidência de patologias, foi observado que o maior tercil de eHsp72 manteve associação significativa com os tercis mais baixos de MM (OR 2,72; IC 95%= 1,21-6,16; p<0,01), FPP (OR 2,60; IC 95%= 1,17-5,81; p<0,01) e baixa VM (OR 1,82; IC 95%= 1,03-3,20; p<0,01). E maior risco para FPP baixa quando combinadas concentrações séricas médias e altas de IL-6 e eHsp72 ajustadas para idade e sexo (OR 3,31; IC 95%= 1,48-7,41). Conclusão: a presença de concentrações séricas maiores de eHsp72 foi associada com alterações dos critérios diagnósticos de sarcopenia, sendo este um potencial marcador da sarcopenia. |
Chung et al.16 Ano: 2013 Delineamento: Estudo transversal |
População: Idosos da comunidade - N mulheres= 1693, N homens= 1250, Idade= 60 anos ou mais - País= Coréia Objetivo: Analisar a relação da composição corporal com vários fatores para risco cardiometabólico em uma população idosa participantes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição da Coréia (KNHANES) |
Massa muscular: - MMEA calculada através da equação MMEA/P (kg) Método de mensuração da MMEA= DEXA Ponto de corte= sarcopenia quando % MMEA de 32,5% para homens e 25,7% para mulheres |
- Ferritina |
Ferritina: idosos com baixa MMEA apresentaram concentrações séricas maiores de ferritina quando comparados aos idosos com adequada MMEA, porém com diferença estatisticamente significativa somente entre os homens (p<0,001). Conclusão: Em relação a composição corporal, idosos com obesidade sarcopênica apresentaram maior resistência a insulina e a presença de mais fatores de risco cardiometabólico, quando comparados com idosos somente obesos ou sarcopênicos. |
Santos et al.17 Ano: 2014 Delineamento: Estudo transversal |
População: Mulheres pós-menopáusicas da comunidade - N= 149, Idade= média de 67,17(±6,12) anos - País= Brasil Objetivo: Examinar a associação de sarcopenia e obesidade sarcopênica com fatores de risco cardiometabólico em mulheres pós-menopáusicas. |
Massa muscular: - MALG= calculada através da equação MALG/A(m)2 Método de mensuração da MALG= DEXA Ponto de corte: sarcopenia quando baixa MALG (<5,45 kg/m2) |
- PCR |
PCR: idosas com baixa MALG apresentaram concentrações séricas menores de PCR, quando comparadas com as idosas com MALG normal (p<0,05). Também foi observada correlação positiva e fraca entre baixa MALG e PCR (r=0,27, p<0,01). Conclusão: Os critérios utilizados para definir sarcopenia não foram associados com risco cardiometabólico. |