Resumo
Objetivo
: avaliar o uso de medicamentos de forma contínua e por automedicação e a adesão ao tratamento entre os participantes idosos e não idosos da Universidade do Envelhecer (UniSer).
Método
: estudo observacional, quantitativo e transversal, com emprego da técnica de entrevista, realizado na UniSer com 215 sujeitos. Foi utilizado um instrumento estruturado que permitiu a coleta de variáveis sociodemográficas e automedicação. Foram utilizados a Escala de Morisky-Green-Levine (MGL), de 1986, e o Brief Medication Questionnaire (BMQ) domínio regime na análise de adesão. Foram realizadas análises descritivas dos dados, além do teste qui-quadrado e do exato de Fisher para avaliar associação entre as variáveis de interesse.
Resultados
: dos entrevistados, 127 (59,1%) foram idosos (>60 anos), sendo 81,9% mulheres. Em relação à automedicação, 22,9% dos idosos e 21,7% dos não idosos a praticaram nos últimos sete dias (p=0,848), mesmo que considerem perigosa (p=0,472). Entre estes, 45,8% dos idosos e 55,6% dos não idosos realizaram automedicação irracional dentro do período analisado. Tem-se que 76,4% dos idosos e 64,8% dos não idosos utilizavam medicamentos de uso contínuo (p=0,063). Ao analisar a adesão ao tratamento medicamentoso, 78,8% dos idosos e 76,1% dos não idosos não eram aderentes ao tratamento (p=0,719) segundo a escala MGL; já pelo BMQ domínio Regime 36,7% dos idosos e 41,1% dos não idosos não eram aderentes (p=0,595).
Conclusão:
estes achados demonstram que não houve diferenças significativas entre os grupos estudados e as ações de educação em saúde devem ser realizadas com ênfase nas orientações sobre adesão e uso racional de medicamentos.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Uso de Medicamentos; Automedicação; Cooperação e Adesão ao Tratamento; Doenças Crônicas