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ESTUDOS FITOSSOCIOLÓGICOS E DENDROMÉTRICOS EM UM FRAGMENTO DE CAATINGA, SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS - PB

DENDROMETRIC AND PHYTOSOCIOLOGICAL STUDIES IN A FRAGMENT OF CAATINGA, SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS - PB

RESUMO

O presente estudo teve como objetivos analisar a composição florística, caracterizar os parâmetros da estrutura interna da comunidade, ajustar modelos volumétricos para estimativas de volume de fustes, bem como estimar um fator de forma para fustes em um trecho de vegetação de Caatinga. A área de estudo se localiza no Assentamento Cachoeira, município de São José de Espinharas - PB. Foram utilizadas 49 parcelas de 400 m² (20 x 20 m), sistematicamente distribuídas, com espaçamento entre parcelas de 300 x 300 m. Para a coleta dos dados de inventário, da regeneração e da estrutura interna (classe de vitalidade, qualidade de fuste e posição de copa), foi seguido o Protocolo de Medição da Rede de Manejo Florestal da Caatinga. Para o estudo das estimativas volumétricas, foi utilizada uma amostra 225 fustes, com medições da circunferência do caule a 0,30 m e 1,3 m do solo e altura total do maior fuste. Na cubagem rigorosa, o fuste foi medido em seções de (1 m), pelo método de Smalian adaptado. Os volumes totais por fuste foram obtidos com seis modelos lineares e não lineares, com duas opções para o diâmetro a 0,3 m e diâmetro equivalente. O fator de forma foi estimado pela razão entre o volume real por meio da cubagem rigorosa por fuste e o volume cilíndrico, cuja base foi a área seccional obtida pelo DAP a 1,30 m e altura do fuste. Foram encontradas, na área de estudo, 22 espécies, 11 famílias e 20 gêneros, sendo que a espécie Luetzelburgia bahiensis, teve seu primeiro registro na vegetação da Paraíba. A estrutura interna da comunidade indicou que acima de 71% dos fustes apresentaram-se saudáveis e 89,40% dos fustes apresentam baixa qualidade, ou seja, são fustes com ramificação, bifurcação e fustes muito tortos. Oito espécies apresentaram caule retilíneo e sem bifurcação e apenas 14,99% dos fustes fazem parte da classe dominante da floresta. Foi obtido o valor médio de 0,87 para o fator de forma estudado, porém, sugere-se o uso de dois fatores de forma para o cálculo de volume individual de fustes, fustes com diâmetro < 5 cm e com diâmetro ≥ 5 cm, usar fatores de forma médios de 0,80 e 0,885, respectivamente. Quatro modelos volumétricos apresentaram bons desempenhos para estimativas de volume de fustes, podendo assim ser usados para áreas com as mesmas semelhanças silviculturais na região.

Palavras-chave:
composição florística; estrutura interna; modelos volumétricos

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