RESUMO
De modo a determinar o potencial energético dos combustíveis florestais em cultivos de Pinus elliottii, foi analisada a melhor época de coleta deste material em função da umidade, disponibilidade, Poder Calorífico Superior (PCS) e composição química imediata, em parcelas estabelecidas e monitoradas durante um ano na estação experimental de Rio Negro, estado do Paraná. No delineamento experimental, as estações do ano (inverno, verão, primavera e outono) foram consideradas blocos, enquanto as seguintes classes de diâmetro do material combustível os tratamentos: AA, na camada superior; AB, na camada intermediária; AC, na camada inferior, todas com material de diâmetro até 0,7 cm; e a B, com material de 0,71 a 2,5 cm. No campo, foi determinada a massa (base úmida) do material coletado nas subparcelas de 900 cm2 e posteriormente levadas ao laboratório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no qual se procederam as análises referentes à umidade (base seca), Poder Calorífico Superior (PCS) e composição química imediata. Foi recorrido à análise de variância (ANOVA) e ao Teste de Tukey para comparação das épocas (blocos) e das diferentes classes de material combustível (tratamentos). Com baixo teor de umidade e maior quantidade de material disponível, observou-se pelo teste de médias, para todas as classes de material, que o inverno foi a melhor época de coleta. Para a mesma época de coleta foi possível observar pelo PCS e análise da composição química imediata que as médias das classes AA e B foram estatisticamente superiores em relação às demais. A manta apresentou densidade energética considerável (12.275,42.105 kcal.ha-1) para conversão em bioenergia. Pelos resultados do presente estudo observou-se que existe potencial para aproveitamento de resíduos florestais como fonte de energia limpa e renovável.
Palavras-chave:
combustíveis florestais; energia da biomassa; estações do ano