Resumo
Em Pernambuco, a esquistossomose é endêmica na zona rural e inúmeros focos estão sendo detectados em localidades urbanas. Este artigo aferiu o risco para transmissão da esquistossomose em ambiente aquático urbano por meio de bioindicadores e biologia molecular. No Açude de Apipucos (bairro da região metropolitana do Recife) foram coletados caramujos vetores da esquistossomose em pontos com poluição fecal. Os Biomphalaria foram examinados por técnica molecular para detectar DNA de S. mansoni. Os coliformes fecais foram identificados por reação cromogênica. Os pontos de coleta foram georreferenciados e os resultados analisados com auxílio do aplicativo ArcGis. Foram coletados 77 B. straminea, 56 negativos e 21 positivos para S. mansoni. Coliformes fecais foram detectados em todas estações de coleta. O mapa de densidade Kernel mostrou o potencial do risco de transmissão da esquistossomose em ambiente aquático situado em bairro nobre da cidade.
Palavras-chave:
indicadores ambientais; geoprocessamento para o ambiente; poluição; resíduos urbanos; saúde pública.