Resumo
Uvas são consideradas excelentes fontes de compostos fenólicos, quando comparadas a outros vegetais; porém, a grande diversidade entre as cultivares resulta em frutos com diferentes características, tanto de sabor quanto de coloração, o que, certamente, está associado com o conteúdo e o perfil de compostos polifenólicos. Cascas e polpas de amostras de uva no ponto de consumo − tipos “Itália”, “Brasil”, “Rubi”, “Thompson” e “Niágara Rosada” − da região de Campinas e Jundiaí, Estado de São Paulo, foram estudadas com o objetivo de avaliar a atividade antioxidante, a atividade enzimática da peroxidase e da polifenoloxidase e os teores de compostos fenólicos e de ácido ascórbico. A fim de verificar as correlações entre as cascas e polpas das variedades e as características, utilizou-se a Correlação de Pearson, a distância generalizada de Mahalanobis (D2) e, por fim, o agrupamento das diferentes respostas através da análise multivariada. Verificou-se que as cascas das uvas analisadas apresentaram correlação positiva com o conteúdo de compostos fenólicos, a atividade da enzima polifenoloxidase e com o teor de ácido ascórbico, exceto a cultivar “Niágara Rosada”, a qual mostrou maiores valores para estas avaliações. Não houve correlação entre o índice de atividade antioxidante com as demais análises realizadas. As cascas se mostraram uma ótima fonte para estes compostos.
Palavras-chave:
Vitis sp.; Ácido ascórbico; Índice de atividade antioxidante