Resumo
Os saberes e práticas dos indivíduos se (re)produzem cotidianamente com base no entrelaçamento da bagagem pessoal com as relações humanas e sociais experimentadas nos diversos espaços coletivos. Nesse sentido, escolas e unidades de saúde se configuram como espaços privilegiados de atuação e investigação. O objetivo deste artigo é discutir os saberes e práticas relacionados à alimentação, questão central para o tema transversal saúde, por meio do diálogo com profissionais de educação e de saúde do município do Rio de Janeiro. Para isso, foram consideradas discussões desenvolvidas no âmbito da socioantropologia da alimentação. Foram utilizados métodos da pesquisa qualitativa, buscando valorizar as intersubjetividades e os significados atribuídos pelos sujeitos às suas próprias experiências de vida. Foram analisados quatro grupos focais, que resultaram em debates sobre os processos sociais relacionados à alimentação, às mudanças e permanências nos sistemas alimentares e aos desafios da comensalidade no contexto contemporâneo. O conhecimento das percepções desses profissionais torna-se útil para o desenvolvimento de práticas de educação em saúde que, exercitando a transdisciplinaridade, considerem a alimentação como elemento pedagógico na construção de conhecimentos por parte de cidadãos críticos e para uma vida saudável.
Palavras-chave
alimentação; educação em saúde; escola; profissional de saúde; profissional de educação