Resumo
A primeira década do século XXI é particularmente importante para a educação brasileira por registrar o crescimento das políticas de governo direcionadas aos jovens e adultos trabalhadores. Especificamente, após a criação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (2005), a relação entre as políticas de governo e a educação profissional tornam-se parte da promessa integradora da educação hegemônica para a redução das desigualdades sociais. Nessa direção, o Projovem Urbano passa a instituir, em suas práticas pedagógicas, a formação inicial em um arco de ocupações para que os trabalhadores consigam responder às demandas da reestruturação produtiva, reduzindo, assim, a crise do desemprego. O objetivo deste estudo foi apreender a realidade concreta sobre a formação inicial para o trabalho, com base em um quadro categorial, composto por algumas experiências do Projovem Urbano. O resultado da pesquisa aponta na direção de que o signo da formação inicial tem servido para mascarar a precarização da qualificação profissional para o trabalho simples.
educação de jovens e adultos; Projovem Urbano; qualificação profissional; formação inicial; política educacional